domingo, 16 de março de 2008

GLS - um segmento em alta no turismo

GLS - um segmento em alta no turismo
06/06/2003
Turismo GLS

É um segmento do mercado turístico voltado para atender ao publico GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros). No Brasil, estima-se que 10% da população seja homossexual o que resulta em aproximadamente 18 milhões de pessoas.
Diversos países há muito tempo movimentam e incrementam sua economia com esse segmento. Nos EUA de acordo com a IGLTA (International Gay & Lesbian Travel Association) o turismo GLS movimenta cerca de US$ 54 bilhões. Lá existem inúmeros hotéis e até mesmo resorts voltados para o público. No Brasil a hotelaria especifica ainda é tímida mas se expande ano a ano, já que a demanda é grande e exige investimentos.

É também sabido que qualquer segmento turístico é beneficiado quando agregado a eventos importantes (carnaval, festas populares, religiosas, etc). Com o mercado turístico GLS não é diferente, a cada ano o seu crescimento é impulsionado pelos eventos específicos que atraem muitos turistas.

O Brasil já possui um calendário de eventos bem atrativo e que cresce a cada ano. Várias capitais e inúmeras cidades do interior do Brasil celebram o “Orgulho GLBT” com suas Paradas que dão um verdadeiro show de cidadania e respeito. Como exemplo temos a “Parada do Orgulho” de São Paulo que é realizada desde 1997 e em 2003 teve seu ápice sendo prestigiada por mais de 1 milhão de pessoas, a maioria turistas vindos de outras cidades e até outros países. Em Juiz de Fora-MG, desde 1969 é realizado o “Miss Brasil Gay”, hoje o evento expandiu e além do concurso propriamente dito ocorre o “Rainbow Fest” que é um grande festival cultural. Além das Paradas, são apresentados Festivais de Cinema, Feiras e Festas voltados ao segmento.

Há quem goste !!!

Apesar do número de homossexuais brasileiros ultrapassar 16 milhões de pessoas, os investimentos para turistas do segmento GLS só começou a ser explorado há pouco mais de cinco anos. Já nos Estados Unidos, esse nicho de mercado movimenta anualmente 50 bilhões de dólares.

Confira o conteúdo em leia mais.:.

Há até uma associação com sede na Flórida reunindo as empresas que atuam no setor. A International Gay and Lesbian Travel Association (www.iglta.org) tem 1200 membros no mundo todo, e opera com gigantes do porte da American Airlines, British Airways, Carlson Wagonlit e Holiday Inn. Na hotelaria o Brasil comparece com a rede Othon e as agências The Clube e Ipacom, entre outros.

Opções de destinos GLS
São Paulo e Rio de Janeiro são consideradas as capitais gays da América do Sul por oferecerem, além de opções de lazer, um menor grau de preconceito contra a comunidade GLS. A capital pernambucana, Recife, vem se destacando como um dos principais destinos de homossexuais no Brasil.

Eles se reúnem principalmente na Praia de Calhetas, Boa Viagem e até Porto de Galinhas, a 100 quilômetros da capital. Salvador, Fortaleza e Florianópolis também são encaradas como lugares gay-friendly, porque possuem uma comunidade gay atuante e uma vida noturna agitada. Paraty, Angra dos Reis e Búzios, no Rio de Janeiro, também já despontam na preferência do público homossexual.

Roteiros para homens e mulheres GLS
Numa tendência mundial do turismo, as viagens GLS também estão subdivididas em roteiros só para homens, só para mulheres e mistos. Os rapazes preferem programas mais urbanos, com boas opções em vida noturna. Costumam viajar em grupo de amigos (ou com outros casais) e querem pacotes com serviço de guia e assistência no destino da viagem.

Já as mulheres apreciam programas ecológicos e gostam de ficar em hotéis mais rústicos, desde que aconchegantes. A Chapada Diamantina é uma das viagens mais procuradas pelo público feminino, enquanto Fortaleza atrai os turistas masculinos.

Hotéis para público GLS
No Brasil, o único hotel do gênero é o recém-inaugurado Absolut Resort, na Praia da Lagoinha, a 50 minutos de Fortaleza, Ceará. Numa área de 8.700 metros quadrados há 32 bangalôs, piscina, sauna, academia de ginástica, restaurante, boate e área para shows.

No exterior, esses estabelecimentos são bem comuns - em Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, por exemplo, existem cerca de trinta hotéis direcionados ao mercado GLS. Há lugares que se especializaram ainda mais e aceitam só gays ou só lésbicas como hóspedes. É o caso do Hotel Timberfell Lodge, no Estado americano do Tennessee, voltado apenas para eles, e do Hotel Queen of Hearts, em Palm Springs, Califórnia, só para elas.

Destinos no Exterior
Entre os lugares que se tornaram moda entre os gays e lésbicas estão a ilha grega de Mykonos e a Ilha de Ibiza, na Espanha. Nos Estados Unidos, Palm Springs, na Califórnia, começou a atrair a comunidade GLS nos anos 60 e permanece em alta, seguida por cidades como Key West, Miami e Fort Lauderdale, na Flórida; Provincetown (ou Ptown, como também é chamada), em Massachusetts e San Francisco, na Califórnia.

No México, eles procuram Acapulco e Puerto Vallarta, que tem até trecho da praia predominantemente gay. Sydney, na Austrália, promove dois eventos concorridos, com milhares de visitantes: o Mardi Gras gay e os Gay Games.

Outros lugares disputados são Bangcoc, na Tailândia; Copenhague, na Dinamarca, e Porto Rico.

Destinos românticos

Em uma reportagem recente, o site (www.gay.com) relacionou os 10 destinos mais românticos para casais GLS - e onde eles não enfrentam discriminação.
Nos Estados Unidos, foram votados Havaí, Vermont, Santa Fé e Provincetown. Na Europa: Paris e Praga. Também tiveram boa cotação Montreal, no Canadá; St. Barts, no Caribe; Cidade do Cabo, na África do Sul, e Puerto Vallarta, no México.

Mar del Plata abre balneário gay - O badalado ponto turístico de Mar del Plata, na Argentina, acaba de inaugurar este mês um balneário exclusivo para gays. Batizado Calú Beach o local é cercado por uma floresta de pinheiros e eucaliptos e cobra uma taxa para o ingresso de cerca de 25 pesos.

O mais novo endereço do verão para a comunidade latina GLS conta com vários serviços, incluindo uma área com computadores para acesso à Internet, jogos de mesa, três piscinas, telão e dois reservados. A entrada em Calú Beach é proibida para homossexuais menores de 18 anos.

Cruzeiros específicos para turistas GLS
Foram justamente os roteiros com cruzeiros que impulsionaram o segmento de turismo GLS. A primeira viagem desse tipo foi feita em 1986, pela empresa Olivia Cruises (www.oliviatravel.com), que fretou um navio só para mulheres, num programa de quatro noites pelas Bahamas.

Passados dezesseis anos, a operadora já organizou mais de cinqüenta excursões pelo mundo e atendeu cerca de 30.000 clientes. Nesses passeios, tudo é desenvolvido sob medida - shows, músicos, comediantes, DJs e funcionários são recrutados para atender o público feminino. Por isso, esses cruzeiros são um pouco mais caros do que os convencionais.

Cuidados em países hostis ao turista GLS
Em países muçulmanos mais radicais, o homossexualismo é considerado crime. Trocar carícias em público no Egito com uma pessoa do mesmo sexo pode dar cadeia. Já em países asiáticos como a China, é comum homens andarem de mãos dadas, sem qualquer conotação sexual. Por isso, convém pesquisar os hábitos culturais antes de viajar, usando a internet ou guias de turismo. Se os costumes são rígidos, evitará riscos quem adaptar o comportamento aos padrões locais. As grandes cidades sempre têm publicações gays (muitas delas distribuídas nos hotéis) que relacionam bares e restaurantes voltados à turma GLS. Mas fazer perguntas com os homossexuais locais ainda é a melhor maneira de conseguir dicas.

Direitos e benefícios do turista GLS
Pela política adotada pelas companhias aéreas American Airlines e U.S. Airways, que fazem vôos domésticos nos Estados Unidos, benefícios como passagens descontadas do plano de milhagem e acesso à sala vip nos aeroportos podem ser usados pelo parceiro do cliente titular, independentemente do sexo. Ele também tem direito a incorporar as milhas acumuladas, em caso de falecimento do titular. Na rede Marriott, os pacotes de lua-de-mel também podem ser usados por casais homossexuais.

Um dos hotéis do grupo, o Marriot Frenchman´s Reef and Morning Star Beach Resort (www.offshoreresorts.com), nas Ilhas Virgens, no Caribe, realiza celebrações de casamento - por enquanto, um ato simbólico sem valor judicial. Benefícios como esses são mais comuns nos Estados Unidos, onde a comunidade gay é muito maior do que nos outros países e, por estar organizada em associações, tem mais poder de negociação com as empresas.

Segmentando o mercado - Agenciamento:
Primeira agência GLS no Pará O Pará, mais precisamente sua arborizada capital Belém, ganhará a primeira agência de turismo voltada ao segmento GLS no Estado, situado na região Norte do Brasil. Batizado ColorLines, o empreendimento foi inaugurado oficialmente no dia 11 de dezembro com uma festa no bar Cosanostra Caffé.

A capital gay Com muita festa e um prefeito que saiu do armário, Berlim disputa o turismo GLS.

Nos anos 30, antes do nazismo, Berlim foi uma espécie de capital GLS da
Europa. Agora, a cidade está a toda para recuperar o título. O garoto-propaganda do projeto é o próprio prefeito, Klaus Wowereit. Antes de ser eleito, em 2001, ele acabou com todas as dúvidas que havia sobre seu comportamento sexual. "Sou gay, e está bem assim", anunciou. Houve um frenesi no eleitorado. Menos do que derrubar preconceitos, Wowereit quer é arrecadar mais dinheiro. Em uma recente feira de turismo na capital alemã, ele tomou a dianteira de uma campanha publicitária para atrair visitantes gays. "Esta é uma oportunidade que não podemos perder", explicou. O principal alvo são turistas dos Estados Unidos, onde os gays têm alto poder aquisitivo e viajam mais do que a média da população – 75% deles têm passaporte. Como geralmente preferem Barcelona e Amsterdã, no começo de maio Wowereit foi pessoalmente ao maior congresso GLS americano, na Filadélfia, em missão comercial.

Há 300.000 homossexuais em Berlim, cerca de 10% da população. "Temos tudo o que lhes agrada: museus de arte, arquitetura rica, oito sinfônicas, três óperas e a mais variada cena gay da Europa", proclama Hans Nerger, diretor da empresa municipal de turismo. Variada cena gay quer dizer 150 bares, cafés, restaurantes e clubes noturnos declaradamente voltados para esse público. Boa parte dessas casas está no bairro de Schöneberg, o mesmo dos agitos culturais da década de 20. Ali foi rodado o que se considera o primeiro filme de temática homossexual, em 1919. O bar Eldorado, um dos preferidos da atriz Marlene Dietrich, foi o primeiro fechado pelos nazistas em 1933, marcando simbolicamente o fim dos anos dourados da cidade. A casa hoje funciona a todo o vapor.

Schöneberg não é um gueto. Em todos os bairros se vêem casais homossexuais em meio a héteros, velhinhos e crianças. A mesma atmosfera de integração pode ser sentida em junho, na Festa Gay e Lésbica, com música, dança, barracas de comes e bebes e de organizações não-governamentais. A festa acontece uma semana antes do Dia Mundial do Orgulho Gay, cuja parada berlinense chega a ter 400.000 participantes. Um guia distribuído nos postos de informação turística anuncia: "Aqui todos encontram sempre o lugar certo – do cocktail bar gay à boate para os adeptos do couro". Existem oitenta hotéis registrados oficialmente na prefeitura como "amigos dos gays", um museu que aborda apenas ohomossexualismo, uma biblioteca específica com 8.000 títulos e o principal festival de cinema gay do mundo, simultâneo ao Festival de Berlim. O prêmio dos vencedores é o Ursinho. Arrematando as opções, há programa para gays na TV aberta e até torcida organizada de futebol.

Um comentário:

Dani disse...

Pensou em viajar? Acesse o portal de turismo www.rbhpraias.com.br e confira os melhores preços em hospedagem e consulte sobre passagens aéreas!! É super prático e fácil de acessar!