domingo, 16 de março de 2008

Litoral Paranaense

Litoral Paranaense
30/08/2002
ANTONINA

Aspectos Econômicos
Até fins de 1970, Antonina sobreviveu quase que inteiramente graças ao Porto, que gerava setenta por cento dos empregos diretos e indiretos.
Atualmente com assistência especializada, possui uma produção agrícola bastante diversificada, inclusive com plantio em larga do café e grandes áreas com o reflorestamento do palmito. A pecuária, principalmente a de gado leiteiro e de bubalinos, encontra-se em grande desenvolvimento, além de pequeno comércio e algumas indústrias como as de conserva, bala de banana e carvão vegetal.

Aspectos Sociais
É uma cidade histórica, notadamente pelo conjunto arquitetônico antigo, ruas estreitas e uma tranqüila população que conserva sua tradições culturais e religiosas. Até o final de 1970 a principal fonte geradora de empregos diretos e indiretos, foi o Porto Barão de Tefé. A população está em torno de 16.773 habitantes.

Aspectos Históricos
O Capitão povoador sesmeiro de Nova Vila (Paranaguá), Gabriel de Lara, concedeu as primeiras sesmarias ao litoral paranaense aos senhores Antônio Leão, Pedro Uzeda e Manuel Duarte, considerados fundadores de Antonina. Segundo Ermelino de Leão. Entretanto, o fundador da Capela de Nossa Senhora do Pilar da Graciosa (Antonina) foi o Sargento-Mor Manoel do Vale Porto. Em 1714, D. Frei Francisco de São Jerônimo, bispo do Rio de Janeiro, autorizou a construção de uma capela em homenagem à Virgem do Pilar nesse pequeno povoado e, assim, 12 de setembro de 1714 ficou considerada a data de fundação da Antonina. Era conhecida como Capela, daí seus habitantes serem chamados de capelistas. Em agosto de 1797, foi elevada à categoria de Vila, com a denominação de Antonina, em homenagem ao Príncipe D. Antônio. Em 06 de novembro de 1797, sua sede foi elevada à categoria de Comarca da Província de São Paulo.


Aspectos Geográficos
A área do município de Antonina é de 846 km2. Situa-se na extremidade ocidental da baía de Paranaguá, a 5 m de altitude. O clima apresenta-se quente durante todo o ano, com alto nível pluviométrico.
A temperatura média no verão é de 22º C e no inverno, 18º C. Dista 84 km da capital.


Infra-estrutura de Acesso
· Rodoviária
Estação Rodoviária
Rua XV de Novembro, s/n
Tel: (041) 432-1272


Aspectos Turísticos
Principais Atrações

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar
No ponto mais alto de Antonina, de onde se descortinam a baía, montanhas e parte de Paranaguá, a Igreja Matriz confunde-se com a história da cidade, fundada em 1714. Situa-se no centro da cidade, na Praça Coronel Macedo.

Igreja de São Benedito
De construção secular, suas características coloniais foram alteradas sem serem seguidas normas de restauração. Segundo a tradição, esta igreja era refúgio religioso dos escravos que viam no milagroso Santo, o seu protetor contra a perseguição do homem branco. Está localizada na Rua Dr. Carlos Gomes da Costa.

Igreja Bom Jesus do Saivá
Monumento histórico do século XVIII, teve sua construção iniciada provavelmente entre os anos de 1789 e 1817, quando a mulher do Capitão-mor da cidade, o ilustre Manoel José Alves, fez promessa de construir uma capela dedicada ao culto do Senhor Bom Jesus se obtivesse a graça de ser curada de uma grave enfermidade. Em virtude do falecimento de seus principais patronos em 1837, a capela não foi concluída, dependendo de outros donativos para o seu término. O monumento religioso foi tombado em 1970 e, completamente restaurado em 1976. Está localizado próximo a Estação Ferroviária, na Praça Carlos Cavalcanti.

Fonte da Carioca
Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1969, foi o único meio de abastecimento da cidade, desde 1867 até o final da década de 30. Consta que a fonte recebeu a visita do imperador D. Pedro II em 1880, o qual bebeu da fresca e cristalina água, envolta em crenças populares. Está situada no lado esquerdo da Praça Carlos Gomes da Costa e é composta por quatro pequenas torres, um receptáculo de captação da água que ali verte, totalmente coberto e, uma porta de madeira na parte frontal com bonito brasão imperial.

Estação Ferroviária
A Estação Ferroviária de Antonina, terminal ferroviário da Linha Morretes-Antonina, é exemplo vivo da fase áurea do mate, quando Antonina se destacava como 4º porto brasileiro. A construção deste prédio data do ano de 1916, após o incêndio que destruiu a pequena estação em madeira. De estilo eclético, o prédio possui bom desenho de arquitetura, com detalhes e requintes, como a cobertura da plataforma de embarque confeccionada em ferro pré-fabricado.
Atualmente abriga o Museu da Estação criado em 21 de julho de 1987, com a finalidade de reunir e conservar obras de arte ou de valor histórico relacionadas à cidade de Antonina, bem como promover exposições temporárias. Localiza-se na Avenida Uruguai, 179.

Sede da Prefeitura Municipal
O prédio que serve de sede à Prefeitura Municipal é uma construção de aspecto centenário, mas data de 1914. Possui uma placa comemorativa do 44º ano de visita do Imperador D. Pedro II à Antonina. No seu interior destacam-se bonitas pinturas a óleo com motivos diversos, entre os quais uma paisagem da baía de Antonina. Está localizada na Rua XV de Novembro.

Theatro Municipal
Construído na segunda metade do século XIX, localiza-se na Rua Carlos Gomes da Costa numa área construída de 630 m2. Remonta à fase áurea da economia de Antonina, de linhas ecléticas ricas em adornos. Consta que o “theatro” teria sido erguido pela Sociedade Teatral de Antonina, fundada em 1875. A Prefeitura adquiriu o espaço no início do século XX.

Praça Coronel Macedo
Antiga Praça da República, foi denominada Coronel Macedo em Homenagem ao ilustre Prefeito que dedicou especial cuidado ao mais antigo e belo logradouro da cidade, que possui em seu entorno, diversos monumentos que provam o esplendor do ciclo da erva-mate. O coreto, o chafariz e algumas árvores raras, como duas canforeiras no extremo da praça, próximas à Igreja de Nossa Senhora do Pilar, são algumas de suas atrações, além do busto em bronze e a carta testamento de Getúlio Vargas.

Praça Romildo Gonçalves Pereira - Feira-Mar
Recanto de onde se descortinam a bela baía antoninense, os baixios, embarcações primitivas e motorizadas e os navios que chegam e partem do ancoradouro, além das serras azuladas que contornam o mar. Possui uma quadra poliesportiva e um busto de bronze de Davi Antonio da Silva Carneiro. A seu lado estão o Mercado Municipal e o Relógio do Sol.

Complexo Industrial Matarazzo
Edificado na primeira década do século XX, em estilo romântico, é composto pelas instalações de moinhos de trigo, casas para funcionários, escola, vila de operários e outros. O conjunto arquitetônico é testemunho de uma fase importante da economia do Estado - o ciclo da erva-mate. Localiza-se junto ao Porto de Antonina, na Avenida Conde Matarazzo.

Prainha
Praia com aproximadamente 200 m de comprimento e 10 m de largura, na baía de Antonina. Possui águas claras e rasas, vegetação rasteira e elevações junto ao mar. O acesso é pela estrada que vai a Ponta da Pita. Possuindo área de lazer, lanchonetes, ancoradouros para barcos pequenos etc. Localiza-se no Bairro Itapema, a 4 km do centro.

Ponta da Pita
Formação rochosa que avança dentro da baía, é um agradável local de lazer, ideal para banhos, pescarias e piqueniques. Localiza-se no Bairro Itapema.

Ponta do Félix
Constitui-se no ponto mais calmo e isolado da região. O enroncamento de quase 500 m foi uma tentativa de se construir no local um cais para exportação de ferro. A obra, porém, não foi levada adiante e o terminal que vai até a passagem do canal serve hoje como área de lazer, sendo um dos locais preferidos pelos pescadores. Localiza-se no Bairro Itapema, a 6 km do centro.

Rio do Nunes
Possui 10 m de largura e seu leito é revestido de pedregulhos e água límpida. Constitui-se em agradável praia fluvial, em área gramada e arborizada, usada para acampamentos e possuindo ainda mesas, bancos, churrasqueiras, bar, vestiário e sanitários. Localiza-se a 16 km de Antonina, no distrito de Cacatú, com acesso pela PR 340.

Pico Paraná
Situado na divisa entre Antonina e Campina Grande do Sul, possui 1962 m, sendo o mais alto do Sul do Brasil. Foi descoberto por Reinhard Maack e conquistado em julho de 1941. Hoje quando já se comemorou o cinqüentenário de sua conquista, o pico faz parte do roteiro dos aficionados pelo montanhismo. Pertence o ponto culminante à Antonina, sendo o seu acesso feito por Campina Grande do Sul.


Parque Estadual Roberto Ribas Lange
Criado em 1994, com área aproximada de 2698.68 ha é parte integrante da Área de Interesse Turístico do Marumbi. O acesso é difícil e as escaladas devem ser acompanhadas por guias especializados. Informações: Tel (041) 322-1611 (Secretaria Estadual do Meio Ambiente).

Bairro Laranjeiras
Caracteriza-se por possuir dois atrativos singulares: a Fonte da Carioca, que abasteceu a cidade de água no período compreendido entre 1867 e 1930, sendo hoje tombada pelo Patrimônio Histórico e a Fonte das Laranjeiras, construção também do século passado e que totalmente restaurada, constitui-se numa atração ligada aos primórdios da cidade. Atingida por caminhos de paralelepípedos, em meio a densa vegetação, situa-se no início da trilha que leva ao Morro da Pedra, de onde descortina-se magnífica vista da cidade.

Bairro Alto
Com seus rios, cachoeiras e densa vegetação, vai se firmando como nova área de lazer e caminhadas ecológicas, não só pelo seu apelo natural, mas pelo interesse histórico, como os vestígios da antiga Usina Cotia, pelo lugar onde teve início a colonização japonesa no Paraná ou ainda pela inúmeras trilhas, como a da Conceição que outrora fazia a ligação entre o local e Apiaí (SP) e cujos trechos remanescentes permitem que se percorra o trajeto entre a Represa do Capivari e o Bairro Alto.

Rafting
Descida em bote inflável pelas corredeiras do rio Cachoeira, com percurso de aproximadamente 3 km, onde pode-se apreciar as belezas naturais, principalmente o Pico Paraná, o mais alto do sul do Brasil. Possuindo de fácil à média dificuldade e duração de 45 minutos, permite a participação de crianças a partir de 10 anos. O inicio do passeio é no Bairro Alto, dentro do Parque Estadual Roberto Ribas Lange, onde existe toda uma infra-estrutura: vestiários, lanchonete, restaurante, área de camping, quadra de vôlei, churrasqueira, além de atividades como cavalgadas e caminhadas por trilhas ecológicas. O acesso é feito pela Rodovia BR 277 ou pela Estrada da Graciosa, até a entrada de Antonina, depois pela PR 340, até a Usina Parigot de Souza. Telefax: (041) 332-1446.

Usina Hidrelétrica Parigot de Souza (Capivari-Cachoeira)
Localizada no distrito antoninense de Cacatú, a 35 km do reservatório central situado junto à BR 116, sendo a água conduzida por um gigantesco túnel que atravessa a Serra do Mar. A água captada no reservatório do Rio Capivari deságua no rio Cachoeira, tornando-o bastante caudaloso. As visitas só são feitas mediante autorização da Companhia Paranaense de Energia - Copel através do Departamento de Relações Públicas. O acesso se dá pela PR 340. Tel: (041) 322-3535.

Porto Barão de Tefé
Quando do apogeu da erva-mate no Paraná, o Porto de Antonina chegou a ser o quarto do Brasil. A queda na produção do mate e a Segunda Guerra Mundial acabaram por deslocar o centro portuário do Estado para Paranaguá. Por muito tempo, o carvão mineral empregado em nossas indústrias, vindo de Santa Catarina, foi descarregado neste porto, sendo que atualmente encontra-se em funcionamento. Localiza-se na Avenida Conde Matarazzo. Tel: (041) 432-1448.


Artesanato, Comida Típica e Folclore
O trabalho artesanal do município consiste no fabrico de pilões de madeira de lei, cestaria em cipó e taquara, além de miniaturas de canoas, violas e outros que são fabricados de uma madeira chamada cacheta. O barreado, originário dos sítios de pescadores do litoral, tem em Antonina sua cidade devota, pois o prepara há mais ou menos dois séculos, seguindo a receita de pessoas antigas descendentes dos caboclos litorâneos.
Fundada em 1975, a Filarmônica Antoninense está incorporada ao folclore da cidade. É de caráter beneficente e destina-se a promover e desenvolver a cultura e a tradição musical, participando em atividades cívicas e integrando a juventude antoninense.
O fandango é conservado nesta cidade com características semelhantes às de todo o litoral, onde tamancos, violas e cantigas fazem desta tradicional dança uma prova de persistência do caboclo litorâneo que não a deixa morrer.
O Bloco Carnavalesco Apinagés, foi fundado em novembro de 1923 pelo marinheiro paraense Benedito Jesus Pereira, segue primitivas tradições indígenas e constitui-se em folclore de Antonina, sendo um dos mais famosos e antigos do Paraná.

Informações Turísticas
Secretaria Municipal de Turismo e Esporte
Rua XV de Novembro, 150
Tel: (041) 432-1122 - Fax: (041) 432-1567


GUARAQUEÇABA

Aspectos Econômicos
Apesar da maneira rudimentar com que ainda é feita, a pesca, é a atividade econômica que sustenta a micro estrutura urbana de Guaraqueçaba.
A agricultura também é praticada, principalmente a fruticultura: laranja, abacaxi e banana, e a rizicultura. Recentemente, começou a ser introduzido no município a criação de búfalos, que aclimataram-se bem à região.


Aspectos Sociais
Os primeiros colonos da região eram suíços-franceses, vindos das margens do lago Leman que fixados em Superagüi deram impulso a agricultura e introduziram seus costumes culturais, que com o tempo diluíram-se na cultura existente. Mais tarde vieram fazendeiros do Norte paranaense. Cabe ressaltar que Guaraqueçaba esteve isolada por terra até 1970. O município conta com 7767 habitantes, que ocupam também as ilhas.


Aspectos Históricos
O município foi colonizado por portugueses em 1545, sendo o primeiro do solo paranaense. Em 1638 - 1646 Gabriel de Lara, o fundador da Capitania de Paranaguá, descobriu uma rica lavra de ouro nas encostas da Serra Negra. Revelado o achado, vieram os mineiros e os aventureiros para explorar os rios socavando o ouro de lavagem em diversos locais. Em seguida chegaram os jesuítas, que fundaram em Superagüi o primitivo núcleo populacional da região. Foi só no século passado, quando Cipriano Custódio de Araújo e José Fernandes Correia construíram uma capela no morro do Quitumbê, que foram surgindo em torno dela as primeiras edificações, formando em pouco tempo o povoado, que foi elevado em 1854 à Freguesia. Sendo em 1880 à Município e em 1938 anexado novamente a Paranaguá como simples distrito. Em 1947 sua autonomia foi restaurada e o Município novamente instalado. Em tupi-guarani, Guaraqueçaba significa lugar de muito guará, uma ave semelhante a uma garça de cor avermelhada, que era abundante na região.


Aspectos Geográficos
Localiza-se a 174 km da capital na região litorânea do Estado, a 10 m do nível do mar, sendo que o clima apresenta-se quente durante todo o ano. Possui uma área de 1916 km2, dentro da qual existem três unidades de conservação: Área de Proteção Ambiental, Estação Ecológica e Parque Nacional.


Infra-estrutura de Acesso
· Rodoviária
Rodoviária
Estação Rodoviária
Rua Ararapira, s/n
Tel: (041) 482-1232

· Marítima
Rua da Praia, s/n em frente ao Mercado Municipal


Aspectos Turísticos - Principais Atrações

Igreja do Nosso Senhor Bom Jesus dos Perdões
Dedicada a Bom Jesus dos Perdões, cujas comemorações acontecem nos dias 5 e 6 de agosto, a igreja foi construída em 1838 em estilo colonial, com grossas paredes de pedra, sendo a primeira construção de Guaraqueçaba. Em seu interior destaca-se o altar em forma de embarcação, cuja base é um peixe esculpido em madeira, uma homenagem aos pescadores da região. Localiza-se na Rua Coronel João Isidoro.

Casario Colonial
Diversos exemplares arquitetônicos do século XIX podem ser observados pelas ruas da cidade, guardando ainda características do estilo colonial. Destaca-se o sobrado que abriga a sede da Estação Ecológica administrada pelo IBAMA onde funciona exposição permanente sobre a história do município retratada através de painéis fotográficos e pinturas do suíço Willian Michaud, que viveu no Superagüi entre 1852-1902.

Mirante da Serra Negra
Localiza-se na rodovia de ligação entre Antonina e Guaraqueçaba, distando 74 km da primeira cidade. O mirante é atingido por uma escadaria com 127 degraus com aproximadamente 30 m de altura, o que permite a visualização da bonita paisagem da baía de Guaraqueçaba e de todo seu entorno.

Ponta do Morretes
Localiza-se no centro da cidade e se constitui em área arborizada, com passarela beirando a baía, constituindo-se em ótimo local para banho.

Morro do Quitumbê
Com uma altura aproximada de 80 m, localiza-se no perímetro urbano da cidade, com acesso ao lado da Igreja do Nosso Senhor Bom Jesus dos Perdões. Possui uma trilha sinuosa em meio a vegetação nativa, numa extensão de aproximadamente 800 m, que culmina em seu topo proporcionando exuberante vista da baía e da cidade.

Ilhas
Diversas ilhas fazem parte do Município, entre elas as das Peças, Rasa, das Laranjeiras, do Rabelo, Povoca e do Superagüi, sendo que esta reclama o direito histórico de ser o local onde chegaram pela primeira vez no Paraná os portugueses em 1545, achando-se tombada deste 1985 para preservar os seus aspectos históricos e paisagísticos.

Parque Nacional do Superagüi
Criado pelo decreto nº 97.688 de 27 de abril de 1989, possui uma área de 21.400 ha. Englobando a quase totalidade das ilhas do Superagüi e das Peças, excluídas as comunidades de pescadores. Faz parte do complexo estuarino-lagunar integrado por Cananéia, Iguape e Paranaguá, uma das regiões mais importantes do país sob o ponto de vista de sustentação alimentar. Inclui restingas, diversas formas de vegetação, mangues, elevações isoladas, grandes áreas de praias desertas, além de diversas trilhas ecológicas.
Abriga diferentes espécies animais, algumas raras ou em extinção, como o papagaio chauá, o jacaré-de-papo-amarelo, os macacos sauá e mono carvoeiro, além de vegetais como: ipês, jacarandás, caxetas e orquídeas. O acesso é feito via marítima por Paranaguá ou Guaraqueçaba.


Reserva Natural Salto Morato
Inaugurada no dia 08 de fevereiro de 1996, a reserva com 1716 ha, contribui para a preservação permanente da mais importante área de Mata Atlântica contínua de todo o país. Uma indústria de cosméticos Protege a região e a Natureza, sendo proprietária da área, com apoio da TNC (The Nature Conservancy) desde fevereiro de 1994, sendo que em dezembro, o IBAMA a reconheceu como Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Possui centro de visitantes com exposições sobre Floresta Tropical e Mata Atlântica, espaço para cursos, aquário natural, centro de pesquisas, laboratório básico, portal e loja de souvenirs, totalizando 800 m2 de área construída. Apenas 2 % do total da Reserva são acessíveis através de trilhas previamente demarcadas, com painéis interpretativos e sinalização. Os acampamentos são realizados mediante autorização.
A reserva é caracterizada por floresta de rica biodiversidade que abriga número expressivo de espécies animais e vegetais em frágil equilíbrio, existentes graças a abundância de nascentes (somente na área da reserva existem mais de 30). Novas espécies de peixes já foram identificadas e catalogadas; os pássaros representam 45 % de toda avifauna do Paraná. Além disso foram encontradas 127 espécies arbóreas, além de grande variedade de bromélias, orquídeas, epífitas e arbustos.
O nome da reserva é uma referência à sua principal atração, uma queda d’água de 80 m de altura - O Salto do Morato - uma das mais belas paisagens do litoral. Localiza-se a 20 km da sede do município pela PR 405.

Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba
Composta pelos municípios de Guaraqueçaba, Antonina, Paranaguá e Campina Grande do Sul, é área de domínio particular com utilização limitada, objetivando sua proteção uma vez que há fragilidade dos diversos ecossistemas e pela importância ecológica e cultural.


Informações Turísticas
Departamento de Turismo e Meio Ambiente
Rua Major Domingos Nascimento, 46
Tel: (041) 482-1222 - Fax: (041) 482-1223

Sede da Estação Ecológica - IBAMA
Rua Dr. Ramos Figueira, 3
Tel: (041) 482-1262


GUARATUBA

Aspectos Econômicos
A pesca, ainda artesanal, a agricultura e o turismo constituem a base de desenvolvimento de Guaratuba. São cultivados o milho, a mandioca, a cana-de-açúcar, o arroz, a banana, a laranja etc. O turismo é incrementado em época de alta temporada, quando restaurantes, bares, lanchonetes, sorveterias e hotéis são procurados pela população flutuante.


Aspectos Sociais
A população guaratubana, em torno de 21.014 habitantes é constituída em sua maioria por descendentes de portugueses com caboclos. Nos meses de alta temporada nota-se um significativo acréscimo, chegando a 800.000 habitantes.


Aspectos Históricos
A 5 de dezembro de 1765, D. Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão, Morgado de Mateus, ordenou a Afonso Botelho de Sampaio e Souza que fundasse um povoado na enseada de Guaratuba, que a fim de bem executar sua tarefa, reuniu duzentos casais e transferiu-os para o referido local, dando-lhes as ferramentas necessárias e demarcando-lhes as terras, de acordo com as necessidades de cada um.
A 13 de maio de 1768, D. Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão mandou construir uma igreja neste novo povoado e, a 29 de abril de 1771, foi celebrada a primeira missa, oficiada pelo pároco Bento Gonçalves Cordeiro e ajudada pelos padres Frei João Santana Flores e Francisco Borges. Nesta mesma data este povoado foi elevado à categoria de Vila, com a denominação de Vila São Luiz de Guaratuba da Marinha.
A 10 de outubro de 1947, foi dada autonomia ao Município, sendo instalado oficialmente em 27 de outubro do mesmo ano.
Guaratuba em tupi significa “muitos guarás”, pássaro vermelho vivo, que existia em abundância no litoral do Paraná.


Aspectos Geográficos
Localiza-se no litoral paranaense, com 6 m de altitude em área de 1289 km2. O clima é quente durante o ano todo, sendo que a temperatura média no mês mais quente é de 30° C e no mês mais frio é 20° C. Conta 22 km de praias e situa-se a 119 km da capital.


Infra-estrutura de Acesso
· Rodoviária
Estação Rodoviária
Avenida Damião Botelho de Souza, s/n
Tel: (041) 472-1035

· Marítima
Porto de Passagem para Caiobá (balsas e ferry-boats)
Tel: (041) 442-1272

Aspectos Turísticos
Principais Atrações

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Sucesso
Construída por volta de 1768 pelos escravos, é uma obra colonial em alvenaria, de exterior bastante simples. Internamente é ornada por um retábulo discreto, provavelmente do século passado. Possui a imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso - Padroeira da Cidade - esculpida em madeira policromada. O prédio foi tombado e restaurado em 1972 pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Localiza-se na Praça Coronel Alexandre Mafra.

Praça Coronel Alexandre da Silva Mafra
Antiga Praça da Matriz que leva o nome daquele que por mais de uma vez foi prefeito do Município. É ladeada por diversas construções coloniais remanescentes, e desempenha importante papel social na cidade. Possui frondosas árvores, bancos, lojas comerciais ao seu redor. Realiza-se ali também, a Feira de Artesanato.

Morro do Brejatuba
A localidade é mais conhecida por Morro do Cristo, pois em seu cume está a imagem de Cristo Redentor com um dos braços abertos apontando para a entrada da barra e o outro com a mão no coração. A imagem foi doada ao município em 1952 pela família João Cândido Ferreira. O acesso ao cume do Morro é feito por uma escadaria de cimento, com 197 degraus. Localiza-se ali também, a torre repetidora da TV Paranaense e o reservatório da SANEPAR. Se constitui em mirante natural e está na Praia do Brejatuba.

Gruta Nossa Senhora de Lourdes
Encontra-se no morro Espia Barco, onde existem algumas bicas, que até 1974, serviam para abastecimento da cidade. Possui uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes e, diversas placas no local atestam as graças alcançadas por fiéis. Hoje, acha-se revitalizada como atrativo turístico.

Colônia de Piçarras
Situada na entrada da baía de Guaratuba, surgiu há mais de 50 anos quando um grupo de pescadores vindos de Imbituba/SC lá se instalaram. Na época era o melhor lugar para montar uma base de pesca. São fabricadas artesanalmente redes de arrastão e seus moradores continuam praticando a pesca. A colônia é vista durante a travessia de ferry-boat e abriga pequenos estaleiros e a Companhia de Pesca do Paraná.

Baía de Guaratuba
É a segunda maior depois da baía de Paranaguá e permite através do uso de ferry-boat, o acesso ao Balneário de Guaratuba, transportando veículos e passageiros. Durante o transcurso, pode-se observar a maioria de suas ilhas que conservam os aspectos naturais, como a do Capim e da Sepultura. Compõem ainda o cenário, pequenas praias e a própria baía, com seus iates, caiaques, barcos, lanchas e jet-ski.

Praias
Guaratuba possui grande extensão de praias, sendo algumas ainda em região pouco povoada, como as dos Balneários Nereidas e Coroados e a Barra do Saí, localizadas em mar aberto com águas profundas e agitadas. Brejatuba, do Prosdócimo, Central e do Cristo são as mais procuradas e suas águas são de pouca profundidade e tranqüilas. Sobressai-se ainda a pitoresca Praia das Caieiras, com sua colônia de pescadores, próxima ao atracadouro do ferry-boat, ideal para a prática do wind-surf e hobie-cat e a Prainha, do outro lado da baía.

Pedras das Caieiras
Conjunto geológico na ponta do morro do Espia Barco quando este se encontra com o mar, criando uma cortina natural entre a pitoresca Praia das Caieiras e a do Prosdócimo. Das pedras pode-se apreciar a Prainha no outro lado do ferry-boat e observar partes remanescentes do vapor São Paulo que encalhou no dia 26 de novembro de 1868, com 600 pessoas a bordo que retornavam da Guerra do Paraguai.

Prainha
Pitoresca praia que tem início na Ponta do Caiobá e se estende até a entrada da barra de Guaratuba. Praia mansa de onde avista-se toda Guaratuba, antes da travessia da baía. Está praticamente encravada no morro da Passagem.

Ilhas
A baía de Guaratuba está pontilhada de ilhas que conservam os seus aspectos naturais intactos, ora cobertas de mangues, ora de vegetação mais espessa, ou ainda, como a ilha do Capim, conhecida anteriormente pelo nome de Guará por ser a preferida para o pouso de aves do mesmo nome. Na ilha oceânica do Itacolomi a pesca é farta e abundante e o local é propício para a caça submarina. Na ilha do Saí foi erguido o marco divisor entre o Paraná e Santa Catarina.

Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaratuba
Composta pelos municípios de Guaratuba, Matinhos, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Morretes, engloba porções da Floresta Mata Atlântica, várzeas, mangues, lagoas e parte da baía, incluindo as ilhas de Capinzal, Araçá, Veiga e Sepultura. É área de domínio particular com utilização restrita, devido a fragilidade de seus ecossistemas e por sua importância ecológica. Tel: (041) 422-8233

Portal do Paraná
Localizado na BR 376 (sentido Curitiba) a 2 km do marco divisório entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, na localidade de Pedra Branca do Araraquara, o Portal do Paraná foi inaugurado no dia 30 de setembro de 1996, com a presença do Governador Jaime Lerner e do então Ministro dos Transportes, juntamente com os últimos quilômetros duplicados da BR 376, entregues ao tráfego.
Do conjunto de equipamentos que fazem parte do recanto, constam: portal de troncos de eucaliptos, churrasqueiras, deck e ponte pênsil, sobre o rio São João que passa pelo local, além de lago e caminhos internos.


Terminal Turístico de Massa
Rua Centenário, 605 - Praia do Brejatuba
Tel: (041) 443-1950
Artesanato, Comida Típica e Folclore
O artesanato de Guaratuba, como em quase todo o litoral paranaense, utiliza diferentes matérias-primas como o cipó-imbé, taquara, tipiti, raiz de figueira, timbopeva, urucurana e barro.
As peças confeccionadas são em sua grande maioria utilitárias, sendo que na Colônia de Piçarras podem ser encontradas redes para arrastão.
Como festa tradicional destacam-se a Festa do Divino, a Festa do Pescador e o Festival do Camarão.


Informações Turísticas
Secretaria Municipal do Esporte e Turismo
Ginásio de Esportes Governador José Richa
Rua José Nicolau Abagge, 1300
Tel: (041) 472-1289 - Fax: (041) 472-1289


MATINHOS

Aspectos Econômicos
Possui como atividades econômicas o turismo, a pesca artesanal, a agricultura, a pecuária e a indústria, principalmente da construção civil. Em época de alta temporada, quando restaurantes, lanchonetes, sorveterias, bares e hotéis são procurados pela população flutuante, a atividade turística é incrementada.


Aspectos Sociais
A população é miscigenada, formada por descendentes dos índios carijós, portugueses, italianos, alemães e outros. Apresenta uma estrutura social particular, devido às características da formação de sua população fixa e sazonal, em relação aos veranistas e turistas (recebendo aproximadamente 500.000 pessoas) que afluem ao litoral nas temporadas de verão e nos feriados. Possui 15.174 habitantes.


Aspectos Históricos
A colonização de Matinhos começou em meados de século XIX, quando os índios carijós habitavam o litoral paranaense, descoberto em 1820 pelo francês Augusto de Saint’Hilaire. Sua primeira denominação foi Matinho, nome de um rio existente no município, e seus colonizadores iniciais foram os portugueses e italianos, que fundaram colônias agrícolas. Em 1927, foi inaugurada a Estrada do Mar, ligando Paranaguá a Praia de Leste, que trouxe diversas famílias, em sua maioria alemãs, fixadas em Matinhos, entre elas a de Augusto Blitzkow, responsável por um plano de urbanização para Caiobá. Em agosto de 1931, a região recebeu a visita do Presidente do Paraná, Carlos Cavalcanti, que foi de Paranaguá a Caiobá de carroça pela praia. Em 27 de janeiro de 1951, de acordo com a Lei nº 613, Matinhos foi elevada à categoria de Distrito pertencente a Paranaguá, e à categoria de Município, a 12 de outubro de 1967, desmembrando-se de Paranaguá.


Aspectos Geográficos
Localizado no litoral paranaense, a 3 m de altitude, com uma área de 215 km2. O clima é quente durante o ano todo e a temperatura média no verão é de 22º C e 18º C no inverno. Situa-se a 111 km da capital.

Infra-estrutura de Acesso
· Rodoviária
Estação Rodoviária
Praça São Pedro, s/n
Tel: (041) 453-1313


Aspectos Turísticos
Principais Atrações

Igreja Matriz de São Pedro
Pequena igreja localizada no centro do município, de linhas arquitetônicas simples. Dado ao crescente número de fiéis, próximo da antiga igreja foi construída uma outra, grande e moderna, também de linhas simples. Sua devoção é por São Pedro, Padroeiro dos pescadores, cuja comemoração é no dia 29 de junho. Localiza-se na Rua Albano Müller.


Museu Ecológico Municipal
Situado na Praça São Pedro, numa edificação construída entre os anos de 1938 e 1944, a qual durante muitos anos abrigou a Igreja Matriz de São Pedro. Se constitui no único bem histórico que rememora aos primórdios do município, tombado desde 1987. Em seu interior, além de peças do ambiente marinho e terrestre, há uma pintura em mural do suíço Paulo Kohl. O acervo é composto por coleções de conchas raras, corais, esponjas, crustáceos, animais marinhos, além da fauna proveniente da Mata Atlântica. Há também mostra de um sambaqui e peças oriundas de outros países.

Praias
Vários balneários compõem o Município de Matinhos, entre eles encontram-se: Corais, Jussara, Gaivotas, Iracema, Guacyara, Currais, Iparacaí, Betaras, Solimar, Marajó, Saint Etiene, Flórida, Riviera I e II, Flamingo, além da praia de Matinhos, situada na própria sede do município, com águas agitadas e pouco profundas e escassez de vegetação. A beira-mar localiza-se um mirante, construído sobre uma formação rochosa do qual se tem uma visão panorâmica do aglomerado urbano de Matinhos e de todas as praias e balneários do norte do município.
A praia de Caiobá pode ser dividida em praia Brava, localizada numa enseada, com águas agitadas e rasas e a praia Mansa, também em uma enseada, com águas calmas e rasas, em local de grande beleza cênica. Dela atinge-se a Prainha e a Ilha das Tartarugas.

Morro do Escalvado
Também conhecido por Morro da Cruz ou da Margarida possui uma altura aproximada de 262 m e abundante vegetação que permite o desenvolvimento de trilhas ecológicas que levam ao seu cume. Dele, tem-se uma visão panorâmica das praias de Matinhos e Caiobá. O acesso ao Morro, é feito pela Rua da Fonte.

Parque Florestal Rio da Onça
Criado com o objetivo de proteger a flora e fauna regional, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida a seus habitantes, o Parque preserva caxetas, brejos graminosos e restingas cobertos por guanandis, maçarandubas, palmitos e tiriricas, habitados por préas, gatos-do-mato e gambás. São ecossistemas constituintes desta unidade de conservação, junto a uma das maiores concentrações urbanas do litoral paranaense.
Localizado a 600 m da praia, possui 1660 ha, sendo dotado de portal, trilhas interpretativas, pontes suspensas, centro de visitantes, mirante e camping, entre outros equipamentos.


Centro de Convenções de Caiobá
Ocupando uma área de 13.972 m2, oferece um módulo central construído em alvenaria num arrojado projeto arquitetônico, possuindo quadras de esporte, local para shows e estacionamento. Com capacidade para 800 pessoas, sedia eventos como congressos, feiras, shows, solenidades, atividades artístico-culturais, campeonatos e torneios do município e região. Localiza-se na Avenida Paraná, s/n - Tel: (041) 453-2929.


Artesanato, Comida Típica e Folclore
O artesanato caracteriza-se pelo trançado que é praticado em todo o litoral, sendo vinculado à cultura material dos índios. A matéria-prima mais utilizada são as fibras vegetais, tais como: cipó, imbé, timbopeva, talo da folha de brejaúva, palha de milho e uvá.
Mantém-se no município a tradição do fandango. A Festa de Iemanjá, todos os anos no dia 31 de dezembro, tornou-se igualmente uma tradição.
Recentemente o município criou, através de concurso, seu prato típico, “Peixe à Caiçara”, servido grelhado e acompanhado de frutas da estação.


Informações Turísticas
Secretaria de Esporte e Turismo
Rua Pastor Elias Abraão, 22
Tel: (041) 453-2121 - Fax: (041) 453-2652


MORRETES

Aspectos Econômicos
É conhecida como “Capital Agrícola” da região litorânea, sendo que as principais atividades são a olericultura, horticultura e citricultura. Destacam-se as plantações de banana, cana-de-açúcar, milho, mandioca, arroz e feijão, além da produção de cachaça e doces típicos. Nas últimas décadas, vêm sendo exploradas comercialmente as culturas de gengibre e mais recentemente da acerola.


Aspectos Sociais
Às características inerentes ao caboclo ou ao homem urbano morretense se misturam às dos imigrantes italianos, sírios, japoneses, portugueses, alemães, ingleses, entre outros. Conta com uma população de aproximadamente 12.738 habitantes, que em sua maioria dedica-se a agricultura e a pecuária.


Aspectos Históricos
A fundação de Morretes data de 1721, quando o Ouvidor Rafael Pires Pardinho determinou que a Câmara Municipal de Paranaguá demarcasse 300 braças em quadra local onde seria a futura povoação de Morretes, para em 31 de outubro de 1733, a mesma Câmara determinar a demarcação das terras. O primeiro morador da região foi o senhor João de Almeida.
Em meados do século XVIII mudou-se para o povoado de Morretes, o Capitão Antonio Rodrigues de Carvalho e sua mulher, dona Maria Gomes Setúbal, construindo ali uma capela sob a invocação de Nossa Senhora do Porto e Menino Deus dos Três Morretes. Pela Lei Provincial nº 16, de 1º de março de 1841, foi elevada à categoria de Município, sendo desmembrado do de Antonina e instalado solenemente a 5 de julho de 1841. A 24 de maio de 1869, pela Lei Provincial nº 188, passou a denominar-se Nhundiaquara e recebeu os foros da cidade; mas em 07 de abril de 1870, pela Lei nº 227, voltou a denominar-se Morretes.


Aspectos Geográficos
Sudeste paranaense, 10 m de altitude, com área de 663 km2. O clima quente e úmido. A temperatura média no mês mais quente, é de 22º C e no mês mais frio, 18º C. Situa-se a 68 km da capital

Infra-estrutura de Acesso
· Ferroviária
Estação Ferroviária
Praça Rocha Pombo, s/n
Tel: (041) 462-1382

· Rodoviária
Terminal Rodoviário Brasílio Carlos Jorge Buffara
Praça Olympio Trombini, s/n
Tel: (041) 462-1115

Aspectos Turísticos
Principais Atrações

Porto de Cima
Povoado situado ao pé da Serra do Mar, que teve seu apogeu em decorrência dos engenhos da erva-mate e, nas últimas décadas do século XVIII, passou a ter grande importância econômica como entreposto comercial entre o litoral e o planalto. Com o crescimento político e econômico do interior do Paraná no final do século passado, Porto de Cima chegou a quase desaparecer. Mas guarda vestígios de seu passado retratado pelas ruínas de engenhos, casarões e calçadas de pedras. Foi um grande centro cultural, berço de ilustres personalidades paranaenses. Atualmente possui praia fluvial, área para acampamento e pousada.

Igreja de São Sebastião do Porto de Cima
Devoção de origem portuguesa, esta igreja foi construída na primeira metade do século XIX e inaugurada em 1850. A arquitetura externa, com características coloniais, foi bastante modificada e esta rodeada de edificações do século XIX e início deste. Internamente, sua arquitetura é rica. Foi tombada e restaurada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1963 e encontra-se no povoado de Porto de Cima.

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto
Dada a obrigatoriedade pela coroa portuguesa, à prática religiosa na época, Morretes, ressentia-se de uma igreja. Por esta razão, em 1769 obteve licença do Papa para a construção de uma capela devotada à Nossa Senhora.
Em meados de 1812, começou a construção da atual Igreja Matriz, no mesmo local da primitiva capela, num dos pontos mais elevados da cidade. Numa procissão, em 1849, a imagem de Nossa Senhora do Porto, Padroeira da Vila, caiu do andor, fazendo-se em pedaços. No mesmo ano, foi encomendada uma imagem vinda da Bahia, esculpida em madeira, com revestimento de gesso. Inaugurada em 1850, possui em seu interior uma Via-Sacra a óleo executada pelo famoso pintor morretense Theodoro de Bona. Em frente a igreja está instalado um sino vindo de Portugal, com o brasão do Império, fundido no ano de 1854, além de uma cruz que data da passagem do século e um relógio em sua torre que funciona desde a fundação da igreja. Localiza-se no Largo da Matriz.

Igreja de São Benedito
Os dados históricos referentes a esta igreja apresentam controvérsias. Consta como construída por escravos em 1765 ou que a data de sua fundação foi em 1863, com sua torre edificada somente 53 anos mais tarde, em 1916, por iniciativa do provedor e tesoureiro Capitão Roberto França; ou ainda que foi inaugurada em 01 de janeiro de 1884 e benta em 7 de setembro do mesmo ano.
Seu estilo é colonial e seu acervo artístico e histórico ainda permanece bem conservado. É tombada pelo Patrimônio Histórico e localiza-se na confluência das ruas Conselheiro Sinimbu e Fernando Amaro.

Casa Rocha Pombo
A casa é uma homenagem a Rocha Pombo, que, nascido em Morretes, tornou-se uma das maiores expressões paranaenses como historiador, escritor, professor e político.
Suas características arquitetônicas são simples, em estilo colonial da época dos jesuítas e foi construída em duas frentes, uma para a cidade e outra para o rio Nhundiaquara. Nela funciona um centro cultural, além de expor a maquete da Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi em escala 1:5000. Está localizada no Largo Dr. José Pereira, 43. Tel: (041) 462-1207.


Marco Zero
Aos 31 de dezembro de 1733, fixou-se o Marco Zero desta cidade, quando o Ouvidor Rafael Pires Pardinho determinou aos oficiais da Câmara Municipal da Vila de Paranaguá, que demarcassem 300 braças para delimitação do município. Localiza-se às margens do rio Nhundiaquara, na Rua General Carneiro.

Estação Ferroviária
Datada de 1885, tem um estilo arquitetônico de impressionante conservação, sem vestígios de arquitetura moderna, já sofreu diversas reformas, sendo que hoje possui sanitários, lanchonetes e barracas com produtos artesanais. Dela, tem-se uma bonita visão das montanhas da Serra do Mar. Localiza-se na Praça Rocha Pombo.

Rio Nhundiaquara
Em língua indígena nhundi (peixe) e quara (buraco), o rio serviu como primeira via natural de penetração, ligando o litoral ao planalto. Anteriormente denominado “Cubatão” era um dos mais auríferos da região, contribuindo economicamente para o desenvolvimento da mesma.
Uma das mais belas e típicas paisagens morreteanas é a do rio cortando a cidade formando um conjunto com as árvores e edificações existentes em suas margens. É navegável em aproximadamente 12 km, e permite a prática de esportes como canoagem, bóia-cross e pescarias. Como atrações destacam-se a Ponte Velha sobre o rio no centro da cidade, considerada uma obra de arte com portais rebuscados, inaugurada em 1912 e recuperada em 1975 pelo DER por ser uma importante via de comunicação da cidade e por sua importância histórica e turística no contexto de Morretes; e a localidade denominada Prainhas, onde o rio se espraia, formando agradável recanto para lazer, com vestígios da histórica trilha do Itupava e acesso por Porto de Cima.

Cascatinha
Local privilegiado pela natureza, a apenas 5 km da cidade, circundado por um lindo bosque às margens do rio Marumbi. Depois de uma pequena corredeira, o rio se espraia formando um lago de aproximadamente 10.000 m2, com profundidade entre 1 e 4 m, sendo um ótimo local para banhos e mergulhos. Um imponente paredão de pedras acompanha o rio por longo percurso à direita. Possui infra-estrutura básica de camping, churrasqueiras, sanitários, vestiários e uma lanchonete. Lá se encontra um dos mais antigos e produtivos engenhos de aguardente. Acesso pela Rua Marcos Malucelli.

Pico Marumbi
Também conhecido como Olimpo, se destaca em altura, na cadeia de montanhas denominada conjunto Marumbi. Com 1539 m, é o ponto preferido para a prática do montanhismo, por proporcionar escaladas em todas as modalidades e graus de dificuldades. No caminho entre a estação e o pico Marumbi, situa-se a cascata dos Marumbinistas, uma queda d’água quase vertical, que precipita de uma altura de aproximadamente 50 m, constituindo-se numa magnífica paisagem, na passagem obrigatória de todos que rumam em direção ao Marumbi. O pico localiza-se dentro do Parque Estadual Pico do Marumbi, criado em 1990 com área aproximada de 370 ha.

Área Especial de Interesse Turístico do Marumbi
Abrange também parte de outros municípios e, foi criada com o objetivo de disciplinar e controlar a ocupação do solo, proteger os recursos naturais renováveis, as paisagens, as localidades e os acidentes geográficos naturais adequados ao repouso e à pratica de atividades recreativas, desportivas ou de lazer, visando a preservação e a valorização dos elementos naturais e culturais que compõem a área. Ocupa 66.732 ha, e compreende grande parte da Serra do Mar tombada desde 1986, pela Curadoria do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado e, uma pequena porção oriental do Primeiro Planalto. Abriga um elenco de atrações de motivação turística - ecológica, tais como: Estrada da Graciosa; Estrada de Ferro Paranaguá - Curitiba; Mananciais da Serra; Caminhos da Graciosa, do Arraial, do Itupava e da Cachoeira; e parte da represa do Capivari. Algumas atrações podem ser alcançadas pelo Município de Morretes, como o conjunto Marumbi, os Saltos Redondo e dos Macacos que formam um seqüência de quatro piscinas naturais além da cachoeira Véu da Noiva, queda de beleza indescritível formada pelo rio Ipiranga localizada em local de difícil acesso.

Salto dos Macacos
O rio dos Macacos precipita-se de uma altura de 70 m, sobre uma laje granítica, formando impressionante piscina natural. Em seguida como um degrau, forma outro salto, o Redondo, com aproximadamente 30 m de queda livre e 20 m de largura, proporcionando um espetáculo maravilhoso, que pode ser avistado ao longe, durante a viagem de trem ou litorina. Porém para admirar de perto a beleza cênica do conjunto, dois são os caminhos de acesso: por ferrovia, desembarcando em Engenheiro Lange, numa caminhada de 2 a 3 horas, por uma rodovia, num trajeto de 4 km de carro, entre Porto de Cima e Engenheiro Lange e a partir deste ponto, mais 2 horas de caminhada.

Estrada da Graciosa
A contínua e progressiva atividade dos mineradores fez com que estes subissem o leito dos rios que deságuam na baía de Paranaguá. Desta forma, traçaram os primitivos caminhos para o Primeiro Planalto: o Itupava, da Graciosa e Arraial.
A Estrada da Graciosa, um percurso diverso do Caminho da Graciosa, teve sua construção iniciada no Governo do Presidente da Província Zacarias de Goes e Vasconcelos, não sabendo-se exatamente quando foram concluídas suas obras. Acredita-se que tenha sido por volta de 1873. Partindo da BR 116, a 37 km de Curitiba, a Rodovia PR 410 ou Estrada da Graciosa, é hoje um local de lazer, com churrasqueiras, sanitários, quiosques para venda de produtos típicos, mirantes, a ponte de ferro sobre o rio Mãe Catira e o antigo traçado da estrada chamado Caminho dos Jesuítas, em cuja alusão foi construído em 1997 o Portal da Graciosa, projeto do arquiteto Angel Bernal, executado em pedra e madeira.

Caminhos Coloniais
Os caminhos coloniais, eram a única ligação entre o litoral e o planalto paranaense, em meados do século XVII. Por eles subiram os predadores de índios, os faíscadores de ouro e os homens que povoaram os Campos de Curitiba e os Campos Gerais. Tais caminhos, surgidos espontaneamente de acordo com a necessidade no início da colonização, hoje são percorridos pelo homem moderno na volta ao naturalismo, na descoberta de novas formas de lazer, notadamente o turismo ecológico, que pode ser desenvolvido entre outros, nos caminhos da Graciosa e do Itupava.

Caminho da Graciosa
Teve sua construção em duas etapas: a da Serra do Mar, entre 1646 e 1653 e até o Atuba, entre 1848 e 1870. A estrada era de uso dos índios que desciam a serra para mariscar no litoral e depois subiam na época do pinhão. Em 1653 o caminho foi abandonado, utilizando-se o do Itupava e a abertura definitiva só foi possível após a Emancipação da Província, em 1872. Neste meio tempo a estrada foi diversas vezes aberta e abandonada.

Caminho do Itupava
Consta que da trilha original, aberta por caçadores que perseguiam uma anta desde o alto da serra até Porto de Cima, nasceu este caminho, por volta de 1625.
Por ela foi feita uma picada facilitando o acesso de mineiros e caçadores de índios. Uma segunda etapa até a Borda do Campo foi aberta em 1649 e 1654. Neste ano, era fundada a povoação de Nossa Senhora da Luz quando então terminou-se o trajeto. Também conhecido como Caminho Real, Caminho da Serra, Caminho de Morretes, de Curitiba etc. Foi uma das mais importantes e antigas estradas do Paraná.


Artesanato, Comida Típica e Folclore
O município é um tradicional produtor de cachaça, produzida artesanalmente, utilizando-se de velhos alambiques, que fazem a fama da conhecida pinga morreteana, envelhecida por no mínimo sete anos em tonéis de várias espécies de madeira, responsáveis pela coloração, aroma e sabor característicos. Por exemplo, a “JD”, de tonalidade amarelada, envelhecida em tonel de madeira de carvalho nacional. “JD” são iniciais de João Dias, português que trouxe as primeiras mudas de cana-de-açúcar para o litoral paranaense, estabeleceu-se inicialmente numa ilha e, após contato com os índios, veio para Morretes, onde instalou o engenho pioneiro de cana-de-açúcar e aguardente. Ainda famosa, é a pinga de banana. Os principais alambiques estão na estrada do Anhaia.
A cestaria e o trançado de herança indígena também são práticas artesanais.
O Barreado também é feito em Morretes e, segundo especialistas, difere um pouco do preparado em Paranaguá ou em Antonina. O fandango, reunião de danças chamadas “marcas” em Morretes adquiriu características próprias, sendo diferente de outras regiões na toada, nas batidas e na coreografia. Nas festas tradicionais da cidade, é comum dançar-se a Dança das Balainhas e a do Pau-de-Fita.


Informações Turísticas
Secretaria de Turismo e Meio Ambiente
Largo Dr.José Pereira, 43
Tel: (041) 462-1207 - Fax: (041) 462-1207


PARANAGUÁ

Aspectos Econômicos
A economia do município está ligada ao funcionamento do Porto D. Pedro II, importante terminal corredor de exportação do Estado, além da pesca, agricultura, comércio e turismo.


Aspectos Sociais
Berço da civilização paranaense, Paranaguá conserva características da colonização portuguesa, notadamente nas tradições culturais, folclóricas e religiosas manifestadas principalmente através do fandango, quermesses paroquiais e procissões solenes. Possui aproximadamente 116.072 habitantes, população formada principalmente por famílias tradicionais e pescadores (caboclo litorâneo).


Aspectos Históricos
Na década de 1550-1560, famílias de São Vicente de Cananéia deslocaram-se ao litoral paranaense. Primeiro à ilha da Cotinga e a seguir às margens do rio Itiberê. Em 1640, chegou o Capitão Provedor Gabriel de Lara, e a fidalga família com investidura de governo militar. Já em 1646 mandou erigir o Pelourinho, símbolo de poder e justiça de El-Rei. Após dois anos, a povoação tornou-se Vila, chamando-se Vila de Nossa Senhora do Rocio de Paranaguá. Em 1660 tornou-se Capitania, passando à condição de Cidade em 05 de fevereiro de 1842. Ao ser criada a Província do Paraná, também se criou a Capitania dos Portos do Paraná, que passou a funcionar em 13 de fevereiro de 1854. Fato marcante para Paranaguá foi a visita de D. Pedro II, em 1880, para o lançamento da pedra fundamental do edifício da Estação Ferroviária. A estrada de ferro foi tão rapidamente construída que já em 02 de fevereiro de 1885 era inaugurada e até hoje é motivo de grande orgulho na engenharia nacional.


Aspectos Geográficos
Situa-se no litoral paranaense, na baía de Paranaguá, a uma altitude de 5 m e distando 91 km da capital, numa área de 458 km2. Clima quente e úmido e, no inverno a temperatura raramente desce a menos de 10º C, sendo que a média no verão é de 28º C e no inverno, 18º C.


Infra-estrutura de Acesso
· Aérea
Aeroporto
Saída para Curitiba, 5 km do centro
Tel: (041) 423-7405
Vôo regular para Florianópolis, Criciúma e São Paulo.

· Ferroviária
Estação Ferroviária - RFFSA
Avenida Arthur de Abreu, 124
Tel: (041) 422-8211 / 422-8354 / 422-8856

· Marítima
Porto D. Pedro II
Rua Antônio Pereira, s/n
Tel: (041) 423-1133

· Rodoviária
Terminal Municipal Rodoviário
Rua João Estevam com Rua João Régis - Aterro do Mercado
Tel: (041) 422-0217/423-1215


Aspectos Turísticos
Principais Atrações

Igreja de Nossa Senhora do Rocio
O Santuário da Padroeira do Paraná está situado no Bairro do Rocio, à margem da baía de Paranaguá. Construído em 1813, foi reformado e adaptado aos novos tempos e recebe durante todo o ano milhares de fiéis que dão continuidade à devoção de quase três séculos. Localiza-se na Praça Luiz Xavier, tradicional logradouro que possui um chafariz vindo da Inglaterra, composto de ferro e ornamentando com caras de leão.

Igreja de São Benedito
Construída em 1784 por uma irmandade de escravos, é das melhores e mais autênticas edificações populares do colonial brasileiro. Tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1962, sendo que em 1967 foi totalmente restaurada. Registra-se em seu interior, magnífico acervo sacro. Está localizada na Rua Conselheiro Sinimbu - Centro Histórico.

Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Foi a primeira em solo paranaense e a primeira dedicada a Nossa Senhora do Rosário no Brasil, construída no período de 1575-1578. Sofreu sucessivas reformas, adaptações, saques e destruição das peças.
A parte menos atingida pelas mutilações é a fachada, que ainda guarda intactos o seu esquadramento e aberturas. É a Catedral Diocesana, tendo sido tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1967. Está localizada no Largo Monsenhor Celso - Centro Histórico.

Teatro da Ordem
Localizado na antiga Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas, obra religiosa do período colonial brasileiro, iniciada em 1770. Sua arquitetura é barroca, toda em pedra e em obras de cantaria, simples nas suas linhas e sem ricas decorações, embora tenha sido freqüentada, no passado, por pessoas abastadas da sociedade parnanguara. O templo foi tombado em 1962 pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná, mas, um incêndio deixou a sacristia e a capela-mor bastante danificadas, destruindo inclusive os poucos móveis antigos que ainda possuía. Foi reformada para abrigar também, exposições de cunho cultural e artístico e apresentações de corais de música sacra e peças teatrais. Está localizada na Rua XV de Novembro - Centro Histórico.

Fonte Velha
Também chamada de “Fontinha” e “Fonte de Cima”, sua construção remonta ao século XVII e sofreu várias modificações e acréscimos posteriores. Durante 200 anos as casas da Vila e Cidade de Paranaguá foram servidas pelos “aguadeiros” que abastecendo na fonte, transportavam a água em uma carroça, recebendo dos usuários 100.000 réis por barril. Isto ocorreu até 1914, quando foi inaugurada a rede de água e esgoto. A fonte foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1864.
Uma lenda conta que, protegendo o manancial do fundo escuro e misterioso do subsolo onde jorra incessantemente água, há uma caixa que se alonga em galeria, atravessando a cidade no sentido Leste-Oeste, até a localidade denominada Porto dos Padres. Dizem que a saída servia de refúgio aos Jesuítas, quando da perseguição provocada pela Lei Pombalina, que baniu a Ordem do Brasil. Está localizada na Praça Pires Padrinho - Centro Histórico.

Casa de Monsenhor Celso
O prédio onde funciona hoje a Casa da Cultura foi construído em fins do século XVIII e era morada do músico Brasílio Itiberê da Cunha e seu irmão Celso Itiberê da Cunha (Monsenhor Celso). O monumento foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1972. Esta casa está ladeada por um conjunto de construções coloniais. São ao todo três casas térreas e dois sobrados dos quais se destaca um setentista que pode ser considerado a melhor obra de resistência colonial da cidade, tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1972. A Casa de Monsenhor Celso ainda conserva em sua fachada as esquadrias em pedra lavrada e em seu interior, as conversadeiras (antigos bancos de pedra), vestimentas pertencentes ao Monsenhor e muitas telas pintadas por artistas da região. Está localizada no Largo Monsenhor Celso - Centro Histórico.

Palácio Visconde de Nacar (Câmara Municipal)
Construído em 1856, a antiga residência do Visconde de Nacar foi sede da Prefeitura Municipal e é hoje a Câmara Municipal de Paranaguá. Apesar das diversas reformas e adaptações, possui características arquitetônicas neoclássicas valendo-se notar a boa conservação, em suas paredes de telas pintadas a óleo de razoável valor histórico e artístico. O prédio, foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná em 1966. Em seu Interior nos fundos, onde os escravos eram aprisionados, existe até hoje vestígios de uma antiga senzala. Está localizado na Rua Visconde de Nacar - Centro Histórico.

Palácio São José (Prefeitura Municipal)
Antigo colégio dirigido por irmãs de caridade, instalou-se em Paranaguá no ano de 1903. Em 1978, o prédio foi adquirido pela Municipalidade e passou a ser sede da Prefeitura Municipal, com sua inauguração no dia do aniversário da cidade, 29 de julho de 1980. Está localizado na Rua Júlia da Costa.

Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá
Antigo Colégio dos Jesuítas, fundado em 1752 e inaugurado oficialmente em 1755. Com a expulsão dos Jesuítas do Brasil, em 1759, através da Lei Pombalina, a Junta da Fazenda manteve na Igreja do Colégio de Paranaguá um capelão com incumbência de conservar o local. Assim foi até 1821, quando a mesma junta determinou que a tropa que guarnecia a Vila de Paranaguá, ali aquartelasse. Em 1835, o edifício já pertencia à Real Fazenda, mas sua construção estava em ruínas. Em 1840 chegou a autorização para o conserto do colégio e, um ano após, uma classe de instrução primária ocupava uma das salas. A igreja, porém, continuou em ruínas, até que foi demolida em 1816. Nele funciona, atualmente, o Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá, inaugurado em 1962 na forma de convênio assinado entre a Universidade Federal do Paraná, e o Instituto de Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O setor de Arqueologia compreende uma exposição da Pré-História através de painéis fotográficos, mapas e material coletado em prospecções arqueológicas efetuadas em sambaquis da região. O setor de Artes Populares contém uma pequena mostra do artesanato de várias regiões do Brasil, além de utensílios rudimentares utilitários de caça e pesca. O prédio foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 1972. Está localizado na Rua General Carneiro. Tel: (041) 422-0228

Museu do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá
Fundado em 1931, seu acervo contém jornais, porcelanas, armas, moedas, instrumentos de trabalho e peças de mobiliário dos séculos XVII e XVIII. Desta coleção, destacam-se a imagem de Nossa Senhora das Vitórias e o canhão do corsário francês que naufragou na ponta da ilha da Cotinga, em 1718, cuja descoberta foi em 1963 por membros da Sociedade Geográfica Brasileira. No local funciona também o Centro de Letras Leôncio Correia. Está localizado na Rua XV de Novembro - Centro Histórico.
Tel: (041) 422-1263.

Mercado Municipal do Café
Construção do fim do século passado, um misto de art-nouveau com classicismo, todo em ferro fundido trabalhado em arco e rendilhados. Atualmente oferece refeições com frutos do mar e o artesanato litorâneo. Está localizado na Rua General Carneiro ou Rua da Praia.

Mercado Municipal Brasílio Abud
Inaugurado em 1982, seu nome homenageia antigo Prefeito de Paranaguá. Ocupa uma área de 2150 m2, possuindo boxes para venda de pescados, produtos hortifrutigranjeiros, além de salas para administração, açougue, lanchonete e outros serviços. Está localizado na Rua da Praia.

Estação Ferroviária
Situada na Avenida Arthur de Abreu, a Estação Ferroviária, ainda em funcionamento, é o ponto inicial da Estrada de Ferro Paranaguá - Curitiba. Obra iniciada no dia 5 de junho de 1880, data em que foi lançada a pedra fundamental, na presença de D. Pedro II e da Imperatriz do Brasil.

Estrada de Ferro Paranaguá - Curitiba
A Ferrovia Paranaguá - Curitiba que liga o litoral ao planalto é uma verdadeira obra de engenharia que vence os contrafortes da Serra do Mar, numa extensão de 110 km. Construída no período de 1880-1885, possui 14 túneis escavados na rocha, 41 pontes e viadutos de super estrutura metálica. O maior vão vencido está localizado na Ponte São João, cujo comprimento é de 113 m sobre o rio do mesmo nome, a ponte conta com 4 vãos, sendo que o vão médio tem a altura de 58 m.
O Viaduto Carvalho, construído com grande tenacidade, está a mais de 900 m de altura, tendo como suporte, muros de arrimo de até 10 m de altura fazendo uma curva de 45 graus no espaço, conhecida como Curva do Diabo.
O maior túnel da Serra do Mar é o de Roça Nova, com 457 m de extensão, na altitude de 955 m.
O magnífico panorama dos contrafortes da Serra do Mar com paisagens como o “Véu de Noiva”, o Santuário de Nossa Senhora do Cadeado, aliado à técnica do arrojado traçado da estrada continuam sendo uma atração emocionante, mesmo depois de um século.

Porto D. Pedro II
É um grande terminal exportador de cereais. Situado no interior da baía de Paranaguá, sua influência estende-se a uma vasta região do Brasil, além de ser Entreposto de Depósito Franco do Paraguai por acordo internacional. O atual Porto foi inaugurado em 1935.
Sua existência até nosso dias, está ligada aos cinco ciclos a saber: ciclo do ouro, da erva-mate, da madeira, do café e da diversificação, quando seu movimento passou a ser de exportação de milho, soja, farelo, algodão, óleos vegetais etc. A visitação se faz mediante autorização da Administração dos Portos de Paranaguá.

Rua da Praia
Local onde se encontra a maior concentração de sobrados coloniais, testemunhos fiéis de todo o passado parnanguara. Estes seculares casarios da Rua General Carneiro mostram ainda linhas e formas de colonização portuguesa. Localiza-se em paralelo com a margem esquerda do rio Itiberê. Merece destaque a Praça Newton D. de Souza com seu bonito mural sacro de São Francisco das Chagas, do artista parnanguara Emir Roth.

Rio Itiberê
Está ligado à colonização paranaense, pois foi às suas margens que se fixaram os primeiros colonos transferidos da ilha da Cotinga, quando ainda se chamava Taquaré. É navegável em uma extensão de 2000 m e deságua na baía de Paranaguá. Em suas margens se desenvolveu o antigo núcleo colonial dando origem ao casario da Rua da Praia.

Cachoeira da Quintilha
Formada pelo Rio Cachoeira, que se precipita de uma altura de aproximadamente 20 m, formando uma piscina natural. No local não existe infra-estrutura, sendo recomendável pedir autorização antes de entrar. Situa-se na Colônia Quintilha, a aproximadamente 8 km da BR 277, com acesso pela PR 508 - Estrada Alexandra-Matinhos.
Fonte: Paraná Turismo

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