domingo, 16 de março de 2008

R.S.V.P.

R.S.V.P.
24/06/2004

Você recebeu um convite e, no cantinho abaixo, veio escrito R.S.V.P. Mas o que significam essas quatro letrinhas, ainda desconhecidas de muita gente? R.S.V.P são as iniciais da expressão francesa "Répondez, s'il vous plaît" ou "Responda, por favor". Portanto, você deve ligar para o número que está escrito ao lado e confirmar a sua presença assim que receber o convite. É de bom tom fazer isso. O R.S.V.P é utilizado para que os organizadores possam saber, com alguma antecedência, quantas pessoas realmente vão estar presentes e, assim, planejar melhor o evento.

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Trabalho seguinte ao apoio à captação de eventos para o Brasil, a promoção do destino pode garantir o sucesso de participação de estrangeiros.

Vitória! O Brasil acaba de ser escolhido para sediar mais um evento de caráter internacional nos próximos anos. Ele vai gerar a vinda de turistas estrangeiros e, com isso, a entrada de divisas no país. É o resultado de um trabalho desenvolvido cotidianamente por entidades de diversos setores (medicina, beleza, direito, informática, esportes etc.) e seus parceiros, que candidatam o Brasil para sediar eventos internacionais.

Com o apoio da EMBRATUR (Instituto Brasileiro de Turismo), neste ano já são 18 candidaturas bem-sucedidas para diversas cidades brasileiras.

Mas o trabalho não acaba aí. Depois de conquistar a entidade internacional, que decide onde serão as próximas edições, é preciso envolver os participantes. O Ministério do Turismo e a EMBRATUR contribuem ativamente neste processo, divulgando as belezas e a infra-estrutura do país ao maior número de pessoas para que, desta forma, sintam-se motivadas a conhecê-lo e obviamente, a comparecer ao evento. Aliás, o esforço vai além deste objetivo: o participante é estimulado a trazer a família, prolongar a estadia, conhecer outros destinos, enfim, desfrutar o máximo dos produtos e serviços turísticos brasileiros. "O turista de negócios e eventos tem um gasto maior melhor distribuído na cadeia produtiva do turismo, porque além de consumir tudo o que o turista de lazer consome (hotel, restaurantes, transporte), ele utiliza a infra-estrutura de negócios local, mobilizando centros de convenções, prestadores de serviços, tais como tradutores, seguranças, repecionistas, gráficas e outras empresas", afirma Jeanine Pires, diretora de Turismo de Negócios e Eventos da EMBRATUR.

O apoio à promoção de um evento com realização futura confirmada para o Brasil engloba desde de cartas de boas-vindas, envio ou entrega de material promocional, acompanhamento de visitas de inspeção, até montagem de estande na edição que antecede a brasileira. Um exemplo recente é o Intercoiffure World Congress. Sua 20ª versão acontece no Rio de Janeiro, em 2008, decisão feita em setembro passado. Vaniza Schuler, gerente de Turismo de Eventos da EMBRATUR, esteve em maio na última edição em Tóquio (Japão), com um estande de promoção turística do Brasil. "Com este trabalho de sensibilização do público, que proporciona maior acesso à informação sobre a riqueza e a diversidade brasileiras, tenho certeza de que eles vão querer estender sua permanência, visitar outros destinos.", prevê Vaniza. Ela fez apresentações do Brasil e percebeu grande interesse entre os que visitaram o estande. "Promover o destino uma edição anterior atinge diretamente o público potencial", comenta. Ou seja, o mesmo profissional que está nesse evento é quem tem maior interesse em participar do próximo encontro.

O Intercoiffure tem 41 países-membros, e na última edição contou com mil profissionais. Cada um deles paga mil dólares na inscrição, que é parte do custeio do evento. Por isso, o maior número de participantes garante o bom andamento e o sucesso da realização. Outra fonte de investimento é o patrocínio, que no caso do Japão, gerou 2,4 milhões de euros. "O World Congress confirma o Brasil como país da moda e a promoção feita pode gerar 1,5 mil participantes estrangeiros, mais do que no Japão", diz João Francisco dos Santos, presidente da Hair Brasil, a entidade brasileira que fez a candidatura do Rio para sediar o Congresso Mundial.

No momento, a EMBRATUR apóia a promoção de mais de 20 eventos, e outros 30 estão em análise para que este trabalho seja feito. Outro caso de grande êxito na promoção do Brasil foi o encontro Interamericano da JCI (Junior Chamber International). A JCI é uma ONG - a primeira reconhecida pela ONU - que conta com 200 mil participantes, destinada ao desenvolvimento de jovens líderes e empreededores. Na última edição, realizada em abril deste ano com 500 participantes, em Guayaquil (Equador), alguns detalhes marcaram a diferença para a despertar o interesse pelo Brasil. O cônsul honorário do Brasil na cidade, Alberto Dassum Aivas, foi ao evento e convidou todos para a edição brasileira; houve duas apresentações de vídeo do Brasil e, em uma noite de festa, foram oferecidos quitutes e bebidas brasileiros. "Foi a primeira vez que houve a presença de representantes do governo contribuindo para sensibilizar o público", afirma Jum Takahashi, presidente nacional da JCI. Para a próxima edição, que acontece em São Paulo em maio de 2005, Takahashi prevê a participação de no mínimo mil participantes, 500 deles estrangeiros. Sua próxima missão é participar do congresso mundial da JCI e reforçar o convite para que os presentes venham a São Paulo. "Sediarmos o congresso regional também é muito positivo para uma futura candidatura nossa para o Mundial", analisa.

Alguns eventos são captados com até dez anos de antecedência. No período pós-captação, os recursos financeiros são difícieis de serem obtidos, dada a distância para sua realização. A promoção do evento, que é fundamental para sua viabilização financeira - já que influencia diretamente no número de participantes e conseqüentemente em seu êxito - deve ser feita exatamente neste período, já que o planejamento da viagem dos participantes é feito com bastante antecedência. Considerando isso, EMBRATUR e a Abeoc (Associação Brasileira de Empresas de Eventos), assinaram um acordo de cooperação em maio deste ano, que passa a valer em 2005, voltado exclusivamente para a promoção de eventos internacionais, permitindo mais possibilidades de obtenção de recursos.

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