Inscrições Rupestres

Inscrições Rupestres
09/11/2002

A ocorrência de gravuras e pinturas na superfície das paredes rochosas calcáreas ou areníticas, confeccionadas por índios, são relativamente comuns no Brasil.

No Paraná essas manifestações artísticas têm sido localizadas nos municípios de Piraí do Sul, Ponta Grossa, Castro, Tibagi, no Parque Estadual do Guartelá e Sengés, todas nas paredes de formação "arenítica furnas", na escarpa devoniana.

Aparecem pinturas e desenhos no teto dos abrigos, em nichos, em blocos isolados, ou ainda em recônditos, locais de difícil descoberta.

São genericamente denominadas "Inscrições Rupestres ou Artes Rupestres" por terem sido executadas nas paredes expostas ao contato direto com a natureza.

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Com temática bastante repetitiva, onde predominam aminais - cervídeos, porcos do mato, capivaras, graxins e cobras- aves, peixes e desenhos geométricos como quadrado, losângos, círculos, esferas, escadas, ... Essas figuras aparecem isoladamente ou formando painéis. Os animais representados frequentemente estão em movimento. Muito raras são as figuras antropomórficas, isto é, que têm o ser humano como modelo. Mais freqüentes são as figuras abstracionistas.

Tanto a representações da fauna como os artefatos encontrados na base de alguns abrigos rochosos com pinturas, sugerem que os autores dessas manifestações pictóricas viviam em constante nomadismo.

Efetivamente, o ambiente onde elas ocorrem, entremeados de campos e pequenos bosques, além das matas ciliares que margeiam os riachos, indicam ecossistemas propícios a adaptação e desenvolvimento dos animais citados, aos quais os índios buscavam, cotidianamente, nas suas excursões venatórias ou de caça.

Fragmentos de hematita (Óxido de Ferro) encontrados nos abrigos, indicam que, após terem sido triturados, foram utilizados na confecção das pinturas.

Embora não existam definições de datas dessas manifestações artísticas, é de se supor que tenham idades muito anteriores ao início do povoamento da América pelos Europeus.