quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

ABAV, SEBRAE e GOVERNO CRIARÃO MINI-NÚCLEOS DE TURISMO

ABAV, SEBRAE e GOVERNO CRIARÃO MINI-NÚCLEOS DE TURISMO
24/10/2003
Acordo é anunciado na abertura da Feira das Américas.

ABAV 2003 - Até janeiro do ano que vem o Ministério do Turismo, a Embratur e a ABAV deverão instaurar, em parceria com o SEBRAE, cem mini-núcleos de turismo receptivo em diferentes cidades brasileiras. A informação foi dada pelo presidente da ABAV Nacional, Tasso Gadzanis, durante a sessão solene de abertura da Feira das Américas.

O programa consiste em três etapas: encontros regionais para a discussão do tema com profissionais do setor, formatação de rotas turísticas pelo SEBRAE e, finalmente, a instauração dos mini-núcleos. Gadzanis elogiou a importância dada pelo novo governo ao turismo e a criação de um ministério especificamente para o segmento.

“As agências de viagens nas décadas de 50 e 60 estavam vinculadas ao Ministério da Agricultura, em uma época em que o turismo rural ainda nem existia”, brincou. “Se nesses quatro anos de governo 50% do que foi proposto estiver realizado, teremos dado um grande passo para o desenvolvimento do turismo brasileiro”, completou.

Gadzanis, no entanto, criticou a fusão entre a TAM e a Varig, a falta de equipamentos em aeronaves e a restrição de 90 dias para o visto concedido a visitantes americanos no Brasil. O ministro do Turismo Walfrido dos Mares Guia, por sua vez, destacou os esforços do governo federal e da Infraero na recuperação de aeroportos brasileiros e na promoção da imagem do Brasil no exterior.

A infraero planeja investir R$ 3,5 bilhões na recuperação de aeroportos. Outros R$ 70 milhões serão aportados, em parceria com o governo federal, na divulgação do Brasil em outros países. O ministro lembrou ainda que a meta do governo é ter nove milhões de turistas estrangeiros visitando o país em 2007. Atualmente, esse número gira em torno de 3 milhões. “Perdemos 1,3 milhões de turistas de 2000 a 2002 por conta de crises internacionais”, destacou.

Ao comentar sobre a fusão entre a TAM e a Varig, ele afirmou que o governo dará apoio a todas as empresas do setor aéreo que precisarem de socorro. “Não seremos um hospital de nenhuma delas. Mas vamos apoiar todas”. Já o prefeito em exercício do Rio, Marco Antônio de Moura Valles,destacou a escolha do Rio como sede definitiva da Feira das Américas. A governadora do Estado, Rosinha Matheus, também comemorou a conquista e anunciou a criação da Secretaria Estadual de Turismo até o final do ano.

O ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia endossou os elogios ao Rio, mencionando uma declaração do poeta Mário Quintana: “Uma vez, lhe perguntaram do que ele mais gostava no Rio. E ele respondeu que era dos túneis, para descansar de tanta beleza“.

Também compuseram a mesa representantes de empresas de aviação, o presidente da Embratur, Eduardo Sanovicz, o secretário de Desenvolvimento e Turismo do Estado, Tito Ryff, o presidente da Riotur, Rubem Medina, o diretor-geral do DAC, Washington Carlos Machado e o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Luiz Carlos Nunes, entre outros executivos do setor.

GOVERNADORA E MINISTRO INAUGURAM FEIRA DAS AMÉRICAS

Durante abertura do evento, ABAV recebe Moção Honrosa da ALERJ

A governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, e o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, puxaram as duas pontas da fita verde e amarela que lacrava a entrada da Feira das Américas ABAV 2003, inaugurando o maior evento de turismo do país.

Momentos antes, os deputados estaduais Otávio Leite (PSDB) e Glauco Lopes (PT), representando seus pares na Assembléia Legislativa Fluminense (ALERJ), entregaram uma Moção Coletiva para a ABAV, em homenagem ao cinqüentenário da entidade.

Entendemos que “qualquer política pública que se proponha a desenvolver a indústria do turismo tem que mobilizar a valorosa e imprescindível categoria dos agentes de viagens”, disse o deputado Otávio Leite, lendo o conteúdo da placa entregue ao presidente da ABAV, Tasso Gadzanis.

Após a cerimônia de abertura, as autoridades visitaram os pavilhões de exposição e recepcionaram os empresários estrangeiros que vieram para o Brazil Today Destination. São 94 operadoras de turismo internacionais de 24 países que não comercializam o Brasil como destino que vieram participar da Feira.

Este ano, o evento cresceu e bateu todos os recordes: a área útil de exposição alcançou 17.118 m², com expansão de 55,74% em relação ao ano passado. O número de inscritos, até ontem, era de 9 mil, e poderá chegar a 16 mil até o final do evento.

A superintendente da ABAV Nacional e coordenadora da Feira das Américas, Isa Garbin, lembrou que o congresso já supera ou se aproxima em tamanho de outros eventos mundialmente reconhecidos como a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e a Feira Internacional de Turismo (FIT) de Buenos Aires.

Para dar uma idéia da expansão do evento no confronto com o ano passado: a Feira conta com a participação de 35 países (12,9% a mais que em 2002) 49 operadoras (mais 44,12%), 37 órgãos de turismo (mais 42,31%) e sete locadoras de carro (mais 133%). Além disso, há uma média de 700 pessoas inscritas por seminário - a estimativa inicial era de 150 inscrições por tema.


AGÊNCIAS TERÃO CRÉDITO A JUROS SUBSIDIADOS

A Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai oferecer R$ 2 bilhões por ano para as agências de viagem a juros subsidiados. O objetivo é permitir que elas vendam pacotes para turistas com renda de até R$ 800, em pagamentos parcelados.

O ministro de Turismo, Walfrido dos Mares Guia, comparou nesta quinta-feira, durante coletiva de imprensa na Feira das Américas – ABAV 2003, a venda de pacotes turísticos à comercialização de eletrodomésticos: “O objetivo é fazer com que a viagem passe a ser um item de consumo”, afirmou.

A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Turismo, que prevê a criação de 1,2 milhão de empregos até 2007. O governo também planeja ampliar em 30% a oferta de produtos turísticos para comercialização, gerar US$ 8 bilhões em divisas e aumentar de 34 milhões para 60 milhões o número de desembarques nos vôos domésticos no Brasil.

Segundo o ministro, sua pasta está sendo dividida em três áreas. A Embratur, disse, terá foco no marketing e na comercialização do Brasil no exterior, participando de 30 feiras internacionais apenas neste ano. A Secretaria de Programa de Desenvolvimento do Turismo, por sua vez, vai priorizar o desenvolvimento regional. Para isso, conta com um financiamento superior a US$ 1,1 bilhão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Já a Secretaria de Programas de Desenvolvimento do Turismo irá organizar, avaliar e acompanhar a implementação de políticas no setor de turismo.

A América do Sul, de acordo com Mares Guia, será o principal alvo do país no ano que vem. “No ano passado, houve uma queda de 900 mil no número de turistas argentinos recebidos pelo Brasil em função da crise naquele país. Hoje, nossa relação comercial e diplomática com a Argentina é extraordinária e o número de argentinos entrando aqui pode chegar a 1,5 milhão”, disse.

Ao contrário do que está fazendo em outros países, o Brasil está mantendo e ampliando o escritório “Visit Brazil” na Argentina, que conta atualmente com 22 empresas. “Além disso, vamos fazer uma noite brasileira na FIT (Feira Internacional de Turismo, que acontece em Buenos Aires) neste ano, completou.

Outro mercado no qual o Brasil está de olho é a China. O país, o mais populoso do mundo, deverá crescer em torno de 10% neste ano e estará na mira do Brasil em 2005. Segundo o ministro, o governo chinês acaba de aprovar um documento que inclui o Brasil na lista de países recomendados para a população.

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