terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Analisando o Turismo de Negócios e Eventos

No mundo o Turismo, o Turismo de Negócios e Eventos estão em alta. A nova economia exige que executivos e profissionais viagem para buscar novas tecnologias, se reciclarem, conseguir parceiros e competir nos mercados, cada vez mais globalizados. Aí surge o turista de negócios, muito cobiçado hoje porque utiliza as classes superiores dos aviões, usa hotéis de 4 e 5 estrelas. Vai a teatros e espetáculos, freqüenta os melhores restaurantes e gasta três a quatro vezes mais do que um turista comum. O problema é que ele é taxado de turista quando vai a trabalho ou trabalha enquanto faz turismo. Uma palavra sempre atrelada ao conceito de lazer é tratado com pouca seriedade em mercados subdesenvolvidos. Conforme estudo da American Express, AMEX, as empresas nos Estados Unidos, gastam com viagens e representações cerca de 30% das despesas contabilizadas, ficando atrás apenas de salários e investimentos em tecnologia cibernética. Há cinco anos atrás, essas despesas já eram de US$ 15.6 bilhões nos Estados Unidos e US$ 148 bilhões no mercado europeu. Na Espanha, só o Turismo de Incentivos e Congressos, modalidades do turismo de negócios, gera uma receita equivalente à 2% do PIB.

A Espanha possui 29 Palácios de Congressos, ou seja, Centros de Convenções que abrigam vários tipos de eventos e geram receita equivalente a 5% do PIB espanhol. As feiras provocam vendas com volume seis vezes maior do que qualquer outra mídia e são lembradas por muito mais tempo do que anúncios na mídia impressa, esquecidos uma semana depois. Além disso, 86% dos participantes de uma Feira são compradores em potencial, enquanto que 59% dos leitores de anúncios levam até 12 meses para decidir uma compra. (Vacation World).

Eventos: uma alavanca para o desenvolvimento.
As feiras, um capítulo à parte no universo dos eventos, são consideradas o mais eficaz e o mais rico instrumento de marketing para as empresas. Segundo a CEIR, Center for Exhibition Industry Research, elas são mais eficientes que a publicidade, relações públicas e telemarketing, só perdendo para a venda direta que, aliás, também é praticado nas exposições. São os melhores lugares para acertar parcerias, fazer acordos, estabelecer joint ventures, adquirir novas tecnologias, promover produtos, vender e comprar, além de observar os concorrentes. Para a cidade (destino no jargão aeronáutico), os eventos são uma forma poderosa de alavancar preciosos recursos para desenvolver e melhorar a qualidade de vida local. Toda a comunidade participa da economia gerada pelos eventos, que dá vida a mais de 80 modalidades de serviços necessários ao desempenho dos eventos e de seus participantes. Vai do restaurante, da hotelaria ao animador de estande. Do transporte urbano ao aluguel de carros e anima muitas outras atividades que geram emprego e aumentam a arrecadação do município.

Turismo Receptivo, chave de desenvolvimento comunitário:
Desenvolver o turismo receptivo é um dever nacional, não só para aumentar o fluxo de turistas, mas, sobretudo, porque promove eventos de negócios, atividade que deixa dividendos na cidade hospedeira. Outra vertente é o incentivo que os eventos provocam junto aos investidores estrangeiros capazes de desenvolver a economia municipal e nacional. São novos empregos criados, em certos casos, com pouco treinamento. São divisas que entram, sem juros, spread ou compromisso de devolução, ficando apenas o dever de reinvestir na melhoria da qualidade de vida local. Estimulando a captação e a proliferação de eventos viabiliza-se, para os empresários latinoamericanos, o contato com o mundo exterior avançado. Através das feiras e eventos de negócios proporciona-se avanços tecnológicos dando às micro e pequenas empresas (PME), a capacidade de conquistar mercados globalizados mais ricos e avançados. Para tirar proveito, no entanto, da onda dos eventos de negócios é importante analisar melhor o contexto econômico da região, detectando nichos de mercado, registrar tipos de negócios, definir o perfil da comunidade, dos fluxos de viajantes e dos participantes em feiras. Só assim pode-se compatibilizar a oferta de eventos com os interesses dos potenciais clientes que vivem no Destino. O destino é composto de um cem número de grupos humanos heterogêneos que pertencem a diversos nichos de mercado (ou criam mercados de nichos).


Turismo de Negócios pode salvar economia nacional.
A indústria do turismo movimenta no mundo cerca de US$ 3,5 trilhões por ano. É o setor da economia de serviços que lidera o mercado de trabalho nos países mais desenvolvidos no setor. Nesse contexto o Turismo de Negócios tem um significado cada vez maior. Não tem sazonalidade, traz um retorno maior para a economia local e nacional, incita a contribuição crescente das micro e pequenas empresas para o desenvolvimento do País.

Numa projeção sobre o turismo global até o ano 2020, a Organização Mundial de Turismo (OMT) estudou dados compilados de 85 países, incluindo o Brasil e revela que o número de viajantes ao exterior deve saltar de 563 milhões, em 1995 para 1,6 bilhão em 2020. A fatia da população mundial viajando ao exterior, subirá para 7% em 2020.

O papel do Agente de Viagens competitivo.
A violenta reengenharia em curso no setor de transporte aéreo, não aceita mais Agentes De Viagens apenas emitindo bilhetes de linhas aéreas ou formalizando reservas. Essa função está sendo eletronizada pelos sistemas “Ticket Less Travel”, usando sites de empresas aéreas que passam a informar e atuar diretamente junto ao usuário. O Agente De Viagens precisa ser um consultor em nichos de mercado, que ele precisa conhecer a fundo e desenvolver com criatividade. Os sistemas de informações online são fundamentais para desenvolver e alimentar essa nova função do agente de viagens. O c-events.com alimenta constantemente os Agentes de Viagens, com informações sobre feiras e eventos, proporcionando um diferencial inédito para um maior número de empresários viajarem a preços mais competitivos. Alguns acham que a tecnologia moderna de informação e comunicação tornará obsoleto o serviço do Agente de Viagens. Isto é um erro e, mais do que um erro, é falta de imaginação. O Agente de Viagens é um dos elos indispensáveis de ligação entre os empresários e profissionais e o mundo em desenvolvimento, o mundo globalizado. Porque o turismo de negócios? Em países considerados geradores de tecnologia, ostenta condições atraentes de mercado, o conjunto de pequenas, micros e médias empresas constitui uma das principais garantias de sustentação da economia.

O Agente de Viagens pode contribuir, e muito, para reverter essa situação, conquistando um contingente cada vez maior de PMEs que passe a captar divisas no exterior com a venda de seus produtos. Chegar aos 10% do PIB em exportação para ir zerando a dívida interna do País é uma proposta com muito business para a sociedade brasileira. Mais empregos, melhor qualidade de vida, por exemplo. A melhor maneira de participar dessa evolução, ainda incipiente no Brasil e na América Latina, é incentivar os municípios a abrigar eventos de negócios. Centro de convenções, espaços para eventos em hotéis são equipamentos indispensáveis para empolgar Organizadores de Eventos a montar feiras, eventos de negócios e incentivar empresários a viajarem. Depois, o importante é comunicar ao mundo tudo que cada município possui e como poder recebê-los.

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