terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Sistema Viário de Curitiba

Sistema Viário de Curitiba
29/06/2003
Uma das bases do tripé de planejamento, junto com Transporte e Uso do Solo, o Sistema Viário de Curitiba foi definido no Plano Diretor de Curitiba, em 1966: desenvolvimento da cidade no sentido nordeste-sudoeste e linearidade da expansão ao longo de eixos estruturais.

Com população de mais de 600 mil habitantes, crescimento de 5,3% ao ano e taxa média de crescimento de veículos em torno de 10% ao ano, Curitiba apresentava problemas de circulação e transporte crescentes, em 1970, quando o Plano passou a ser efetivamente implementado.

O crescimento radial concêntrico, espontâneo, ocasionou ocupação de creas inadequadas, sem infra-estrutura. Os serviços localizados quase que exclusivamente no Centro tradicional provocavam congestionamentos. A ausência de vias de ligação entre os bairros obrigava os curitibanos a cruzar a área central para os deslocamentos.

O planejamento do sistema viário foi concebido com o objetivo de conciliar a cidade do automóvel às necessidades, aspirações e perspectivas humanas, dentro de uma visão global e integrada, dos problemas de mobilidade.

Respeitando a malha viária existente, foram criadas alternativas de ligações independentes da área central.

O Centro tradicional foi circundado por um Anel Central de tráfego lento, que protege as áreas de uso exclusivo de pedestres.

A rua principal da Cidade e outras dentro do Anel Central foi fechada ao tráfego de veículos, tornando-se ponto de encontro da população, como a rua XV de Novembro - o calçadão.

Ao invés de grandes desapropriações, o IPPUC optou por criar ligações viárias sobre a malha já existente. As grandes avenidas e ruas onde já havia ocupação foram feitas com a ligação - em pequenos trechos - da malha viária existente, oferecendo novas opções de circulação.

Também as vias estruturais - verdadeira ossatura do processo de desenvolvimento dirigido - e as chamadas vias prioritárias - que permitem ir de uma estrutural a outra sem passar pelo centro tradicional - foram implantadas ligando-se a malha viária existente.

O sistema viário foi hierarquizado. A estrutural induziu o crescimento linear da cidade e garantiu o espaço necessário ao transporte de massa, que opera em canaletas exclusivas. Os antigos caminhos foram preservados como Vias de Penetração.

As vias coletoras ou vias de ligação interbairros distribuem o tráfego local e de passagem, através de percursos entre os bairros. As coletoras concentravam comércio e serviços.

Entre as coletoras estavam as vias locais, destinadas a circulação de vizinhança. Como recebiam menos tráfego, as vias locais foram projetadas para receber calçadas largas, o que deu oportunidade para a implantação de programas de arborização. Algumas destas ruas foram equipadas com áreas de lazer, núcleos ambientais e jardinetes.
Com o crescimento da cidade na década de 90 novas ligações viárias foram projetadas dando início aos Sistemas Binários.
Fonte: IPPUC

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