terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A Internet como fonte geradora de negócios no turismo

Hoje, com o advento da Internet, pode-se planejar e programar uma viajem para qualquer lugar do mundo sem sair de casa. O usuário pode também reservar passagens aéreas, hotéis, alugar veículos, consultar condições do tempo no destino pesquisado, cotações de moedas, pesquisar sobre a cultura do destino. Receber informações, em suas caixas postais, cadastrando-se em 'Newsletter de turismo (informativos), sobre temas de interesse. Praticamente tudo o que será preciso saber, desconsiderando os intermediários na negociação.

"O setor de turismo pode ser bastante beneficiado com o uso da Internet, visto que pode diminuir consideravelmente os custos de reserva, utilizando-se de sistemas que permitem a reserva automática, sem intervenção humana, como já realizado em grandes redes de hotéis ao redor do mundo" (Abreu e Costa, 2000).

Alguns sistemas online que facilitam a comunicação e a geração de negócios provenientes da web no turismo:

Sistemas de Distribuição Global (GDS).

- Sistema SABRE – Criado em 1959 com o objetivo de informatizar as reservas da companhia norte-americana American Airlines;

- Sistema AMADEUS – Criado em 1987. Propriedade das cias. aéreas: Air France, Ibéria, Lufthansa e SAS. Hoje corresponde em 30 empresas associadas ao sistema, dentre elas a brasileira VARIG;

-Sistema GALILEO – Criado em 1987 em parceria entre várias cias. aéreas: Air Portugal, Australian Airlines, Alitália, British Airways, United Airlines e Swissair.

Existe hoje em dia no turismo várias formas de comércio eletrônico, mas duas se destacam:

- O negócio-a-negócio (B2B), que funciona quando negócios são realizados de forma rápida, econômica e em ambiente seguro dependendo da comunicação entre dois ou mais computadores;

- O negócio-a-consumidor (B2C), que ocorre na transação de mercado quando os clientes, através da web, aprendem e pagam pelo produto ou meio eletrônico de forma muito diferente da tradicional.


Dificuldades encontradas:
Há alguns fatores que desagradam os internautas ainda que podemos ordenar como a falta de segurança 'firewalls, (coíbem invasões nos bancos de dados dos sites, o uso de 'cookies (são pequenos arquivos de dados enviados por alguns sites aos 'browsers), (programas de navegação na Internet: Internet Explorer ou Netscape entre outros), dificuldade de integração dos softwares para Internet e integração com banco de dados das empresas e a pouca estrutura e investimentos em tecnologia de informação, podem esbarrar algumas empresas turísticas de pequeno e médio porte.

A grande dificuldade dos clientes (internautas), é ainda a resistência em comprar algo intangível pela Internet.

A grande dificuldade das empresas em vender o seu produto e prestar os seus serviços num mundo globalizado é a logística. Estas dificuldades de logística, hoje em dia, estão diminuindo no turismo e hotelaria. Dependendo da infra-estrutura de TI de empresa para empresa. Posso citar dois exemplos onde na hotelaria nacional, há um sistema de reservas online onde inspira confiança, bastando preencher os campos e imprimir a sua reserva. Para confirmar pode-se utilizar o e-mail. Um outro exemplo seria a venda de um bilhete aéreo no meio eletrônico bastando também, preencher os campos, imprimir e ir direto ao balcão de embarque horas antes, é claro, munido do “bilhete” impresso pelo internauta.

Segundo Kotler (1995), “serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte pode oferecer à outra e que seja essencialmente intangível e não resulta na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto físico”.

"A Internet facilita a interação entre as empresas e os clientes. Quanto mais os consumidores usarem os serviços das empresas, mais essa interatividade aumentará, isso possibilita incrementar a quantidade de negócios entre a companhia e ao cliente" (Hanson, 2000).

“O advento da Internet é encarado por alguns especialistas do setor como o apocalipse para as pequenas agências de viagem, lanterninhas em uma fila para vender bilhetes que inclui as companhias aéreas e os sofisticados sites de viagem” (Britto e Rosa).


Consultores especialistas:
Os agentes de viagens terão rapidamente que mudar a forma que estão desenvolvendo o seu trabalho junto ao cliente. Deixar de ser um mero emissor de passagens e tornar-se especialistas e consultores em determinados produtos, procurando um nicho de mercado, direcionando com mais foco ao produto e destacando-se no atendimento pessoal ao cliente ou estarão fadados a fecharem as portas.

Muitos negócios são gerados, e concretizados através da Internet. O grande beneficiado é o cliente. Ele é consumidor final. Desfrutará dos serviços e pacotes ofertados pelo trade turístico.

Estamos caminhando rumo a grandes economias com muita velocidade a custos relativamente baixos de comunicação e as transações comerciais estão se consolidando no comércio eletrônico a passos largos.

Existe algum culpado? Creio que não! A tecnologia, a informação e a comunicação são fatores preponderantes para o desenvolvimento da indústria do turismo.

Não há turismo sem divulgação!

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